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Cafonices na decoração de Natal irritam moradores

Especialistas apontam erros e acertos nos enfeites usados em residenciais

Orçamento deve ser decidido em assembleia ordinária; objetos podem ser escolhidos por comissão

BRUNA BORGES
colaboração para a folha

A escritora Natércia Pontes, 31, não é contra enfeitar condomínios com temas natalinos. Mas considera a decoração de seu prédio na zona oeste de mau gosto.

Seu prédio tem "presépio de tamanho desproporcional e um boneco de neve de pelúcia com um pirulito gigante na entrada", descreve.

Para especialistas consultados pela Folha, o elemento decorativo mais comum são as lâmpadas. "A luz branca sempre chama a atenção, mas são tantas que outros detalhes se perdem", opina Mario Saladini, professor de cenografia da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).

"Já vi usarem cortina toda azul, mas fica fúnebre, não é natalino", avalia Edson Martins Felipe, especialista em adereços temáticos.

Para ficar em dia com as tendências da festa, não basta enfeitar o prédio apenas com lâmpadas que só aparecem à noite. Uma saída é investir em vermelho e dourado, sugere a decoradora Maria Emilia Morosini. "Quanto mais tradicional, mais agrada à maioria."

A dúvida sobre o bom gosto da decoração do prédio é assunto fácil do lado de fora, mas nas dependências do condomínio vira tabu.

VERGONHA NO ELEVADOR

A Folha conversou com moradores insatisfeitos que não quiseram ter seus nomes publicados por temer constrangimentos com síndicos e vizinhos.

Eles afirmam que não foram consultados a respeito das escolhas dos enfeites e criticam o desperdício de eletricidade.

Mas não é bem assim. A decoração natalina é decisão coletiva, fruto de assembleias ordinárias de condomínio.

É indicado que sejam apresentadas três propostas de custos para votação ou que se forme uma comissão responsável pela decoração.

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