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FÉRIAS DIVIDIDAS
Datas pedem reserva antecipada
Períodos como os de julho e final de ano têm de ser disputados entre sócios do "time share"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Se a novidade são empreendimentos de lazer fracionados
com registro de propriedade, os
títulos hoteleiros já existem no
país há mais de dez anos.
A RCI, Resorts Condominiums International, empresa
intercambiadora de semanas
de férias, contabiliza 20 mil famílias brasileiras associadas,
segundo seu diretor no Brasil,
Alejandro Moreno.
Os titulares de semanas em
hotéis associados conseguem
trocar seus "direitos" com os de
outros clientes e, assim, têm
opções diferentes para o período de férias. "O turista tem desconto de até 30% em relação ao
preço do balcão", diz Moreno.
Mas fazer bom uso do "time
share" requer organização prévia das férias. "O "time share"
premia quem sabe usar o produto", fala a advogada especializada no tema Carísia Vidal.
"É também uma forma de a
rede hoteleira incrementar a
ocupação na sua baixa temporada. É o principal objetivo dos
hotéis participantes", aponta.
O planejamento é fundamental porque o associado
"disputa" com outros clientes
do pool as datas mais visadas.
Períodos como o final do ano
precisam ser reservados com
uma antecedência de meses
-até um ano. E "custam" mais
em pontos, forma utilizada no
"time share" para dar pesos
maiores a certas datas.
Para balancear a ocupação, o
Rio Quente Resort -destino
doméstico mais buscado pelos
clientes brasileiros da RCI-
oferece um "produto de tempo
compartilhado mais barato,
mas que não inclui temporada", diz Rodrigo Martins, supervisor de novos projetos.
Segundo Martins, a falta de
disponibilidade na alta temporada é a maior reclamação de
seus clientes de "time share".
Quem contrata o título do
Rio Quente Resort entra no intercâmbio com outras redes de
hotéis pelo serviço da RCI.
A Royal Holiday, por sua vez,
além de cuidar das trocas de semanas entre seus clientes, tem
sua própria bandeira de hotéis.
"Como temos nossos resorts
só para sócios, a oferta de vagas
é maior", promete Rubens
Sampaio Junior, diretor da Royal, que conta com 2.000 famílias brasileiras em seu portfólio
e oferece estadia em condomínios e rotas de cruzeiro.
Por que não?
Para Alejandro Moreno, da
RCI, os brasileiros ainda estão
se acostumando com a idéia de
organização antecipada das férias e deverão se tornar menos
resistentes ao "time share".
Mas não é só a falta de organização que distancia o mercado brasileiro desse tipo de produto. Para Flavio Figueiredo,
sócio-diretor da Daniel & Figueiredo consultoria imobiliária, o cerne da questão é outro.
"Um plano de férias fracionadas sai mais barato pelos custos
divididos-o que não acontece
quando a pessoa é dona da casa
de praia", argumenta.
(MD)
SERVIÇO
Brasil USA Vacations:
0/xx/85/3219-8500
www.brasilusavacations.com.br
Itacaré Paradise:
0/xx/73/3251-3270
www.itacareparadise.com.br
RCI: 0800-891-9213
www.rci.com/rci
Royal Holiday: 0/xx/11/3528-3881
www.royal-holiday.com.br
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