São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011

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Ano para gastar as economias

Usar dinheiro da poupança e do FGTS é a melhor tática no cenário de juro alto e de crédito enxuto

Daniel Marenco/Folhapress
Alessandro Crepaldi guarda dinheiro para dar de entrada

PATRÍCIA BASILIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em 2010, quem queria comprar um imóvel encontrou crédito abundante, boa oferta de lançamentos e preços em alta. Com a virada no calendário, esse cenário também mudou: 2011 é um ano para usar recursos próprios na aquisição -e os preços tendem a se estabilizar.
"Os valores devem acompanhar apenas a inflação", avalia José Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
"A alta se deu por causa do crédito oferecido, o que não deve ocorrer na mesma proporção. Hoje, vale a pena comprar imóvel para alugar, mas não para especular."
Como a elevação da Selic (taxa básica de juros, hoje em 10,75%) pode afetar, mesmo que pouco, as condições do financiamento imobiliário, o mais indicado é utilizar o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança, analisa Ricardo Almeida, especialista em finanças do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
"Quem não der um bom valor de entrada vai pagar caro. É a hora de fazer uso dos fundos guardados", concorda Crestana, do Secovi-SP.
É o que pretende fazer o químico Alessandro Frutuozo Crepaldi, 28. Ele se casou em 2007, mas mora com a mulher na casa dos pais, em São Mateus (zona leste), para juntar dinheiro e dar de entrada em uma casa de até R$ 180 mil no Grande ABC.


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