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Liberdade escorrega em área molhada
DA REPORTAGEM LOCAL
A flexibilidade das plantas tem seus limites. Para
erguer paredes em qualquer lugar ou mesmo não
construí-las, seria preciso
eliminar vigas do projeto e
fazer laje plana, aponta o
vice-presidente da AsBEA
(Associação Brasileira de
Escritórios de Arquitetura), Paulo Lisboa, 50.
"Hoje em dia, por economia, os pilares ficam
dentro da parede. Mas,
nos primórdios da verticalização paulistana, eram
comuns as colunas projetadas como peças decorativas", compara Marcelo
Barbosa, 49, professor de
projeto da Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
Ele aponta que mesmo
os lofts não costumam ter
a planta totalmente livre:
áreas molhadas -banheiro e cozinha- são fixas.
No edifício Aimberê, em
construção em Perdizes
(zona oeste), prumadas de
água e esgoto ficam nas faces externas. "Isso não
restringe a localização de
banheiro e cozinha", explica José Cazarin, da construtora Movimento Um.
As plantas são feitas em
reuniões dos arquitetos
com cada comprador.
O economista E.C. adquiriu um por R$ 380 mil,
sem acabamento. "O apartamento vai ter sala, cozinha e escritório num único ambiente", diz.
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