São Paulo, Domingo, 09 de Maio de 1999
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TECNOLOGIA 2
Objetivo é divulgar o uso da construção no sistema de módulos
Siderúrgica tem planos de credenciar construtoras

da Reportagem Local

Para incrementar o uso do aço na construção civil, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) firmou uma joint venture com a siderúrgica mexicana Imsa Acero S.A.
A Cisa (CSN-Imsa Aços Revestidos S.A.) tem desenvolvido projetos para os clientes -como o McDonald's- e pretende colocar o sistema modular no mercado.
"Vamos credenciar construtoras para lidar com essa tecnologia", diz Francisco José Lima, 43, diretor-superintendente da empresa.
A Cisa fabrica e comercializa produtos siderúrgicos para a construção civil e para a indústria de utilidades domésticas. Além do aço galvanizado, ela produz laminados a frio e galvalume (chapa de aço revestida com liga de alumínio e zinco), entre outros.
"O aço galvanizado da companhia já foi usado na construção de 19 casas populares para a Prefeitura de Volta Redonda, de 25 quiosques de rua e de um centro médico", conta Lima.
O aço galvanizado passa por um banho de imersão em zinco, o que o torna mais resistente à corrosão. "Uma obra feita com esse material não tem problemas com umidade e cupim", conta Lima.
Outra novidade da empresa são os aços pré-pintados, que já saem coloridos da fábrica. "A idéia é vendê-los para fábricas de geladeiras, pois são mais resistentes à ferrugem."

Usiminas
Os prédios montados em conjunto pela Usiminas e pela Cohab-MG em Nova Lima e Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, têm quatro pavimentos, estrutura de aço e paredes de alvenaria.
"Os moradores pagarão prestações mensais que variam de R$ 80 a R$ 140", afirma Pedrosvaldo Caram, 49, gerente de desenvolvimento do uso de aço da Usiminas.
Entre as vantagens, segundo Caram, estão a qualidade e a rapidez. "Em três dias, os quatro andares são levantados. Toda a obra fica pronta em 90 dias."
Caram defende a tese de que as obras que utilizam o aço são mais econômicas, pois minimizam os eventuais erros.
"São obras de escritório, e não de canteiro. O desperdício de material não chega a 5%, enquanto em uma obra convencional pode ser de até 30%."
Caram calcula que a redução de custos com os projetos que utilizam o aço chegue a 15%.

Kits importados
Uma casa concluída em oito semanas a um preço bastante atraente. Isso é o que promete a Pacific Metal Export, dos Estados Unidos, que tem planos de exportar suas casas em aço galvanizado.
Os imóveis têm entre 37 m2 e 62 m2, as "econohomes" ou casas populares, ou 138 m2.
O kit com todo o material básico sai entre US$ 7.450 e US$ 26,5 mil. Opções que incluam armários de cozinha e banheiro, a parte elétrica ou a parte hidráulica têm valores agregados. O preço também muda de acordo com o acabamento externo, que pode ser em cimento, madeira, tijolo ou aço.
A importação dos kits, no entanto, exige uma quantidade mínima de quatro, no caso das "econohomes", e 2,5 unidades, para as casas maiores. Quem firmar contrato com a empresa também precisa se comprometer a montar pelo menos dez imóveis por ano.
Os preços não incluem a mão-de-obra para a montagem das casas. Segundo Vanessa Fonseca, gerente de exportação da empresa nos EUA, a construtora ABS já está trabalhando na montagem dessas casas no país.
A ABS, de acordo com Vanessa, tem montado a casa maior por R$ 45 mil (mão-de-obra mais material necessário para a montagem).
A norte-americana também pretende desembarcar no Brasil no início do mês de julho para realizar seminários sobre a montagem de casas em aço galvanizado. (CLEIDE FLORESTA e VINÍCIUS PRECIOSO)



Onde encontrar - ABS: (011) 7806-3400; Cisa: (024) 344-5710/6421; Pacif Metal Export: 001 (310) 217-4535; Usiminas: (031) 499-8000.



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