MONICA FAVERO
free-lance para a Folha

Camuflar. Essa é a palavra de ordem quando a idéia é munir condomínios, edifícios e principalmente casas com equipamentos eletrônicos de segurança.
A razão não é apenas estética. O excesso de precauções e a segurança ostensiva podem chamar a atenção dos ladrões e causar um efeito inverso ao desejado.
A arquiteta Brunete Fraccaroli sugere que os equipamentos sejam inseridos em caixas de madeira, pintadas na cor da casa ou do muro. Outra idéia é esconder os fios. "Eles podem ser presos nas grades ou nas treliças."

Nichos nas paredes
Suportes para aparelhos podem ser escondidos em nichos na parede, mas essa solução é indicada quando o imóvel passa por reforma, fase ideal para embuti-los.
Sensores e alarmes pequenos, sem fio, podem ser escondidos entre plantas e arbustos. Já as grades eletrificadas precisam estar aparentes, presas acima do muro.
Nesse caso, a solução estética é desviar a atenção das grades para outra parte da casa.
Segundo a paisagista Sônia Vidigal, isso pode ser feito com canteiros e faixas de arbustos no chão, próximo ao muro. "É uma forma prática de manter a segurança e preservar a estética da casa."

Cerca viva
A arquiteta Sandra Picciotto indica entradas e portões recuados dos muros, porque dificultam a visão do que ocorre no local. "Com a entrada recuada, também é mais fácil esconder câmeras e sensores."
Outra solução para proteger a casa é usar a cerca viva. O paisagista Marcelo Faisal afirma que a vegetação espinhosa ajuda a manter a segurança, mas um muro alto atrás da cerca é fundamental.

Sensores escondidos
Foi o que fez o arquiteto Fernando Rodrigues Alves. Para proteger a sua casa no Morumbi (zona sudoeste), levantou um muro de 2,80 m e revestiu com uma cerca viva de bambu de três metros.
Mas entre o bambu e o muro há uma fiação que, acionada, liga o alarme e alerta sobre a invasão. "Quem passa pela rua não percebe os sensores escondidos."
Além do bambu, os paisagistas indicam piracanta, sansão do campo e coroa-de-cristo como as vegetações mais apropriadas para as cercas vivas. Podem ser encontrados em viveiros de plantas e nas feiras da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo).

Onde encontrar - Ceagesp: av. Dr. Gastão Vidigal, 1.946, Vila Leopoldina, às terças e sextas, das 5h às 10h.


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