|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEMINOVO
Usado de 10 anos custa 30% menos
Apartamento novo, em geral, sai mais caro, mas maior conforto pode compensar o gasto
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Novo ou usado? Quem enfrenta essa dúvida deve pôr tudo na balança: urgência de mudar, disponibilidade de capital,
facilidade de obter financiamento, localização e estado de
conservação do imóvel.
Para o comprador estreante,
um apartamento usado que tenha de cinco a dez anos de idade pode ser mais acessível. "O
metro quadrado desses imóveis
custa, em média, 30% menos
que o dos novos, enquanto nos
de 10 a 20 anos, sai 50% mais
barato", informa José Augusto
Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de
Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).
"A vantagem do apartamento
com poucos anos de uso é que,
se for bem localizado, o proprietário não terá de se preocupar com manutenção de instalações e revestimentos. Em geral, eles estarão novos", afirma
a consultora Monalisa Weber.
Ela lembra que, escolhendo o
seminovo, o comprador não
corre risco de enfrentar atrasos
na entrega nem paga mais por
ser o primeiro morador.
Normalmente, os apartamentos novos são entregues no
contrapiso. Além de o preço final ser maior, é preciso investir
em pisos para salas e quartos,
armários para área de serviço,
cozinha e quartos, além de boxe
de banheiro, entre outros itens.
Conforto
Para o diretor da FGi Negócios Imobiliários Feliciano Giachetta, se a única preocupação
for o bolso, o usado será sempre
a melhor escolha. Segundo ele,
no entanto, o maior conforto
está nos condomínios mais novos, que têm garagem para até
dois carros, salão de festas, piscina, espaço gourmet, academia e sistema de segurança.
"Tudo isso custa caro, se for pago individualmente", ressalta.
A consultora Valentina Caran, dona de uma imobiliária
que leva seu nome, diz que "o
principal é ser novo e perto do
trabalho". Para ela, apesar de
menores, apartamentos novos
tendem a se valorizar. "Mas só
aconselho a compra na planta
se for uma megaconstrutora."
Segundo o diretor de marketing da imobiliária Itaplan, Fábio Rossi Filho, um imóvel novo está mais adaptado às necessidades atuais, com instalações
para internet, telefones e eletrodomésticos. "O valor dos
usados tende a estagnar."
Investir em armários e pisos,
na avaliação dele, valoriza o
imóvel e pode ser recapitalizado na venda. Weber, porém,
discorda: "Não se consegue
mais do que foi pago pelo imóvel", diz. "Quem garante que o
futuro proprietário terá o mesmo gosto para azulejos?"
Apesar de a maioria dos
investidores do mercado imobiliário optar pelos usados,
a compra na planta pode ser
a chance de conseguir um
financiamento facilitado.
"O perigo de comprar na
planta é puro folclore", diz Giachetta. Liliane Carneiro Costa,
diretora da construtora Lider,
lembra que o imóvel novo tem
garantia técnica do construtor.
Texto Anterior: Custos ainda condenam financiamento bancário Próximo Texto: Irmãos optam por opostos na 1ª compra Índice
|