São Paulo, domingo, 12 de setembro de 2004

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CONDOMÍNIO

Troca do modelo custa a partir de R$ 80 mil; reforma sai por R$ 30 mil e reduz consumo de energia em 30%

Turbinar elevador pede tempo e capital

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Dar nova cara aos elevadores do prédio leva para o alto o valor do imóvel e economiza energia, mas faz descer rapidamente o estoque de caixa do condomínio.
Apesar dos atrativos, a troca de elevadores é rara. "Requer obras e um prazo de cerca de um ano", explica Josiane Marcelino, 32, gerente do departamento de engenharia da imobiliária Hubert. "Só para tirar um e colocar o outro, há gastos de cerca de R$ 20 mil."
Modelos novos custam de R$ 80 mil a R$ 130 mil, são feitos sob encomenda e levam cerca de dez meses para serem entregues. Mas "consomem até 30% menos energia que os antigos", ressalta Francisco Bosco, 42, diretor comercial da Atlas Schindler.
Mais usuais que a substituição, comenta Marcelino, são a conservação, a manutenção e a modernização dos elevadores. As duas primeiras, obrigatórias, são feitas mensalmente e envolvem limpeza de roldanas, lubrificação e manutenção de cabos. A conservação custa de R$ 100 a R$ 400 por mês, e um contrato de manutenção, de R$ 1.000 a R$ 3.000.
A modernização, por sua vez, tem dois enfoques -técnico e estético. "No primeiro, diz respeito a equipamentos com mais de dez anos de uso", explica Bosco.
Nesse caso, em que são trocados os equipamentos eletromecânicos do elevador, a despesa é de R$ 30 mil a R$ 50 mil. O tratamento de "embelezamento" sai mais em conta, de R$ 7.000 a R$ 15 mil.
"Atende a necessidades estéticas, como um desenho diferente da cabina ou a colocação de um novo teto, e ocorre mesmo em prédios mais novos, de até cinco anos de uso", declara Bosco.
A reforma técnica do elevador também gera economia de energia no seu funcionamento -ele é responsável por cerca de 50% do consumo de energia.
Em um condomínio de 800 apartamentos na Vila Mariana, o síndico Eliseu Moraes optou pela modernização dos 12 elevadores de 23 anos de idade. "Gastamos R$ 1 milhão", conta. "Valeu a pena. Consumiam até R$ 30 mil por mês em manutenção."

Lançamentos
Se a intenção é valorizar o imóvel com a aquisição de um novo elevador, a melhor opção são os modelos panorâmicos. Segundo Marcelo Siviero, 35, gerente de vendas da Otis Elevadores, eles respondem por uma fatia de 3% a 5% do mercado de residenciais.
Um elevador recém-lançado é o Smart Panorâmico, da Atlas Schindler. Ele não possui casa de máquinas, liberando espaço para até um apartamento a mais no edifício. Tem três laterais para visão panorâmica -só uma é necessária para o painel.
O custo de instalação do Smart é 30% menor que o de outros modelos, afirma o fabricante, e seu uso propicia o mesmo percentual de economia de energia.
Outra novidade é o Expert XXI, da ThyssenKrupp Elevadores. Ele também não tem casa de máquinas nem engrenagem. "Com isso, não usa óleo de lubrificação, não agride o ambiente e tem baixo custo de manutenção", argumenta Lauro Galdino, 53, diretor de tecnologia.(EDSON VALENTE)

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