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LANÇAMENTOS SUSTENTÁVEIS
Estrangeiros certificam prédios "verdes" do Brasil
Incorporadoras buscam selo norte-americano Leed Green Building
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na falta de um selo nacional
de prédio sustentável, incorporadoras brasileiras têm de buscar fora do país os parâmetros
para certificar seus edifícios.
O norte-americano Leed
Green Building, por exemplo,
chega ao Brasil para traduzir a
vontade de qualificar empreendimentos como sustentáveis.
A empresa CTE (Centro de
Tecnologia de Edificações)
orienta os candidatos à certificação para a obtenção do selo.
A Tishman Speyer e a Método buscam esse status para um
conjunto de salas comerciais.
"Vimos que os conceitos de
sustentabilidade ambiental já
fazem parte da lista de preferências das empresas na hora
de escolher seus escritórios",
afirma Daniel Citron, executivo da Tishman. "Está a um passo de virar exigência."
Outra empresa que corre
atrás do Leed é a construtora
BKO, nesse caso para empreendimentos residenciais.
Especialistas, porém, lembram que uma qualificação importada perde boa parte de sua
acuidade na "tradução".
"Toda iniciativa é bem-vinda,
mas é importante criar um processo de certificação, selo ou
metodologia de avaliação mais
adequada para a nossa realidade", pondera Vanessa Gomes.
A professora da Unicamp
lembra que muitos dos parâmetros que conferem o caráter
de sustentabilidade variam de
país para país, de acordo com as
condições do clima e das orientações ambientais.
Diversidade de recursos
Apesar da falta da certificação verde-e-amarela, já há por
aqui uma grande diversidade
de recursos, de maior ou menor
complexidade, a serem incorporados num projeto de edifício sustentável -desde equipamentos de redução de vazão
para torneiras e chuveiros e
adoção de piso elevado na área
externa do prédio, que facilita a
manutenção, até o uso de ventilação e iluminação naturais.
Mas, para Alberto Du Plessis,
do Secovi-SP, a onda de sustentabilidade só vai "pegar" mesmo quando o comprador considerar como "de segunda linha"
o imóvel que não possuir itens
para preservação do ambiente.
Nas contas de Luiz Fernando
do Valle, diretor-presidente da
construtora Esfera, "em dois ou
três anos, não haverá espaço
para quem não tiver esse foco
nos projetos", sustenta.
(DENISE BRITO)
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