São Paulo, domingo, 14 de julho de 2002

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CONDOMÍNIO

"Internet rápida" libera e barateia o telefone

EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os pais não precisam mais expulsar seus filhos adolescentes da frente do computador quando quiserem ligar para alguém, nem mesmo reclamar de contas telefônicas astronômicas. Planos específicos de ""internet rápida" em condomínios conciliam necessidade de informa- ção e orçamentos apertados.
O segredo consiste em constituir uma rede no condomínio, aproveitando os cabos telefônicos já existentes ou instalando outros, geralmente de fibra ótica. Esse sistema permite que a internet seja disponibilizada aos usuários 24 horas por dia, independentemente da utilização das linhas telefônicas (confira preços no quadro abaixo).
Algumas empresas especializaram-se no fornecimento do serviço, como a G&S, que já o instalou em 115 prédios. Para o gerente de sistema intercom, Jair do Amaral, 30, as vantagens são ""disponibilizar a linha de telefone e conexão mais rápida com a internet". Mas é preciso de, no mínimo, 20 condôminos para a implantação.
Além da utilização de internet, outros serviços agregados podem ser viabilizados com esse tipo de estrutura. "É possível fazer com que o sistema de segurança do condomínio também passe pela rede", exemplifica Alexandre Edgard Trinhain, 28, supervisor de vendas da Redelink.
Dessa forma, a imagem captada por câmeras de vídeo no elevador ou no estacionamento do prédio pode ser visualizada na tela do computador. Outras opções de adicionais incluem a ""hospedagem" de um site e programas para a administração financeira do condomínio. Esses ""extras", no entanto, acarretam custos maiores aos moradores, lembra Marco de Oliveira, 36, gerente da Dialdata.
Em agosto, a TVA lança um pacote específico de assinatura de internet rápida para condomínios. Vito Chiarella, 35, diretor comercial do grupo, estima preços cerca de 20% mais baratos que os cobrados individualmente. Será exigida adesão de pelo menos seis condôminos.
Lazer pela internet tem se tornado mais ágil e econômico para usuários como o editor de vídeo Guilherme Leite, 28. Ele deixava o computador ligado a noite toda para baixar músicas em MP3. ""Quando a conexão, via linha telefônica, caía de madrugada, todo trabalho era perdido."
"Cheguei a pagar R$ 200 de conta telefônica", diz. O edifício onde mora implantou, há dois anos, o acesso coletivo à rede. "Agora a mensalidade é fixa. Deixo o micro ligado o dia todo. Uso ainda a intranet para jogos on line com outros moradores."
As administradoras aprovam a novidade. "A instalação de cabeamento de fibra ótica valoriza o patrimônio", diz Maria Lúcia Abdalla, 50, diretora da Oma.



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