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MERCADO COMERCIAL
Região da av. Faria Lima é a com mais espaço ocioso
Escritórios de alto padrão têm mais oferta que procura
DA REPORTAGEM LOCAL
A região da av. Brigadeiro Faria
Lima (zona oeste) viu, em 2002,
seu estoque de imóveis comerciais de alto padrão crescer 50%.
Neste ano, mais 197.000 m2 chegam ao mercado de São Paulo.
Os dados, da consultoria Jones
Lang LaSalle, especializada no
segmento de imóveis comerciais,
revelam ainda que o estoque atual
disponível é de cerca de 300.000
m2 úteis de escritórios de classes
AA e A. O excesso de unidades
novas em 2003 deve superar o de
2000, quando houve a entrada das
empresas de telecomunicações e
de multinacionais no país.
Segundo a consultoria, o estoque total de classe AA, que em
2000 era de 80.000 m2 úteis, deve
mais que duplicar neste ano, ajudando a terminar 2003 em
280.000 m2 úteis.
Os resultados foram a duplicação da taxa de vacância nos escritórios de alto padrão em 2002 e o
adiamento de diversos lançamentos. "Essa crise globalizada não estava no "script'", analisa Sandra
Ralston, chefe de operações da
consultoria no Brasil.
É o que confirma a pesquisa da
administradora de condomínios
comerciais Colliers International.
Segundo seu gerente-geral, Ricardo Betancourt, dos 480.000 m2
úteis previstos para entrarem no
mercado, de 2003 a 2005, 102.000
m2 já estão sem previsão de entrega. "Indefinição do mercado e altas taxas de vacância (média de
12,2%, em 2002) estão adiando esse lançamentos", diz.
No Rio de Janeiro, o mercado de
escritórios de alto padrão também diminui em 2002 e apontou
crescimento de espaços ociosos.
A taxa de vacância dos comerciais classe AA e A na capital carioca passou de 4,47% em 2001
para 10,34% em 2002: são 65.000
m2 úteis, onde antes estavam empresas de telecomunicações.
O fato é novo na cidade, mas a
Jones Lang LaSalle avalia que trata-se de uma crise pontual, que
deve terminar ainda neste ano.
(NATHALIA BARBOZA)
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