São Paulo, domingo, 16 de março de 1997.

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SERVIÇO
Cresce número de imóveis entregues com aparelho instalado; maioria dos edifícios utiliza sistema coletivo
Telefone ajuda a vender apartamento

da Reportagem Local

A dificuldade de obter uma linha telefônica no Brasil está fazendo a felicidade de muitos corretores imobiliários. O volume de imóveis novos que são entregues já com telefone cresce cada vez mais.
Isso porque as linhas ``coletivas'' têm sido a saída para moradores de condomínios poderem ter um telefone em casa.
Em 96, a Telesp (Telecomunicações de São Paulo), responsável pela venda do sistema DDR, comercializou 370 centrais para condomínios em todo o Estado, sendo 300 na capital, envolvendo 53 mil ramais (43 mil na capital).
Construtoras e imobiliárias encontraram no telefone um apelo a mais de venda, sem que o preço do imóvel cresça significativamente -de 0,5% a 0,8% do preço total, segundo as empresas.
``Cerca de 60% dos nossos lançamentos já vêm com telefone'', diz Fábio Rossi Júnior, 31, diretor de marketing da imobiliária Itaplan, que hoje trabalha com 80 edifícios já lançados.
Preço
A onda casa com telefone ganhou força a partir de 1991, ano em que o governo federal regulamentou o uso das DDRs (Discagem Direta por Ramais) para condomínios, sistema mais utilizado.
Uma das vantagens é que agrega também a função de interfone. Segundo Marivaldo Andriolo, 49, diretor da Zetax Telemática, um interfone custa entre R$ 50 e R$ 70 para cada apartamento.
A DDR custa cerca de R$ 700 por imóvel e tem uma série de serviços agregados. Se instalada durante a construção, o preço pode cair.
Além das vantagens ``técnicas'', esse tipo de sistema garante um recurso financeiro a mais para quem já tem uma linha. ``O telefone pode ser vendido para ajudar na compra do imóvel'', diz Francisco Crestana, 54, diretor da Conprecil, que entrega em abril seu primeiro prédio (Piazza Costa Bella) de apartamentos com telefone, no Butantã (zona oeste de São Paulo).

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