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Acessório estimula a compra
da Reportagem Local
Uma linha de telefone instalada
no apartamento estimula a compra, mas não é um fator decisivo
para o fechamento do negócio.
Os itens que mais pesam são o
preço e as facilidades de pagamento. ``Mas é ótimo já ter telefone no
apartamento'', diz a funcionária
pública Roseli Moraes, 38.
Ela comprou um apartamento
em Santo Amaro (zona sul de SP)
por R$ 49 mil, que deve ser entregue dentro de três anos. Roseli não
tem telefone em casa e utiliza o da
casa da mãe, que mora perto.
Roseli ficou conhecendo o sistema por meio do corretor que lhe
vendeu o apartamento.
``Depois que me mudar, posso
destinar o dinheiro que compraria
uma linha para outra coisa.''
Segundo o gerente comercial da
Basílio Imóveis, Roberto Andrade,
40, os apartamentos com telefone
são mais fáceis de vender. ``Compensa, por exemplo, uma localização pouco privilegiada do imóvel.''
O engenheiro químico Roque
Guimarães Antunes, 39, pretende
manter duas linhas em casa, uma
convencional e outra DDR, que será instalada no apartamento que
comprou no edifício Piazza Costa
Bella, no Butantã (zona oeste).
Antunes, que hoje mora com os
pais, também entrou no plano de
expansão da Telesp e utiliza um
aparelho celular. ``O telefone foi
um diferencial, mas eu teria comprado mesmo se não tivesse a linha'', diz ele, sobre a aquisição do
seu novo apartamento.
Imperfeições
Márcio Siqueira Stefani, 37, diretor da editora Autodata, é um
exemplo de fidelidade ao sistema
DDR. Ele possui um apartamento
com sistema DDR e comprou outro, também com telefone, que
pretende alugar.
Stefani acha que poderá melhorar o valor do aluguel por causa do
telefone. Seu novo imóvel, na zona
sul, será entregue no ano 2000.
Ele considera o DDR um sistema
``perfeito no funcionamento, mas
com administração que deixa a desejar''. Segundo Stefani, é frequente a cobrança de ligações não feitas
por seu telefone. ``Cheguei a pagar
R$ 20 por ligações que não fiz de
uma conta de R$ 60.''
Ele diz ter pago por ligações dos
Estados Unidos, feitas por um vizinho, cuja ex-mulher mora naquele
país, e de cidades com as quais não
tem contato.
O lado positivo, afirma ele, é que
o sistema DDR é como um telefone
comum. ``Nunca há congestionamento de linha.''
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