São Paulo, domingo, 16 de março de 1997.

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Acessório estimula a compra

da Reportagem Local

Uma linha de telefone instalada no apartamento estimula a compra, mas não é um fator decisivo para o fechamento do negócio.
Os itens que mais pesam são o preço e as facilidades de pagamento. ``Mas é ótimo já ter telefone no apartamento'', diz a funcionária pública Roseli Moraes, 38.
Ela comprou um apartamento em Santo Amaro (zona sul de SP) por R$ 49 mil, que deve ser entregue dentro de três anos. Roseli não tem telefone em casa e utiliza o da casa da mãe, que mora perto.
Roseli ficou conhecendo o sistema por meio do corretor que lhe vendeu o apartamento.
``Depois que me mudar, posso destinar o dinheiro que compraria uma linha para outra coisa.''
Segundo o gerente comercial da Basílio Imóveis, Roberto Andrade, 40, os apartamentos com telefone são mais fáceis de vender. ``Compensa, por exemplo, uma localização pouco privilegiada do imóvel.''
O engenheiro químico Roque Guimarães Antunes, 39, pretende manter duas linhas em casa, uma convencional e outra DDR, que será instalada no apartamento que comprou no edifício Piazza Costa Bella, no Butantã (zona oeste).
Antunes, que hoje mora com os pais, também entrou no plano de expansão da Telesp e utiliza um aparelho celular. ``O telefone foi um diferencial, mas eu teria comprado mesmo se não tivesse a linha'', diz ele, sobre a aquisição do seu novo apartamento.
Imperfeições
Márcio Siqueira Stefani, 37, diretor da editora Autodata, é um exemplo de fidelidade ao sistema DDR. Ele possui um apartamento com sistema DDR e comprou outro, também com telefone, que pretende alugar.
Stefani acha que poderá melhorar o valor do aluguel por causa do telefone. Seu novo imóvel, na zona sul, será entregue no ano 2000.
Ele considera o DDR um sistema ``perfeito no funcionamento, mas com administração que deixa a desejar''. Segundo Stefani, é frequente a cobrança de ligações não feitas por seu telefone. ``Cheguei a pagar R$ 20 por ligações que não fiz de uma conta de R$ 60.''
Ele diz ter pago por ligações dos Estados Unidos, feitas por um vizinho, cuja ex-mulher mora naquele país, e de cidades com as quais não tem contato.
O lado positivo, afirma ele, é que o sistema DDR é como um telefone comum. ``Nunca há congestionamento de linha.''

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