São Paulo, domingo, 16 de março de 1997.

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INTERIOR/SP
Depois da estagnação de 96, mercado imobiliário da cidade deve receber fortes investimentos neste ano
Ribeirão Preto espera crescimento em 97

free-lance para a Folha

O mercado imobiliário de Ribeirão Preto (319 km ao norte de SP) está na contramão do país. Enquanto na maioria das grandes cidades o setor registrou um crescimento no volume de negócios em 1996, a cidade apresentou números modestos.
Neste ano, porém, que o mercado nacional promete se estabilizar, Ribeirão Preto pode ter um ``boom'' de crescimento imobiliário a partir do segundo semestre.
``Quando o Brasil vai bem, Ribeirão vai mal. Quando Ribeirão vai bem, o Brasil vai mal'', afirma Antônio Vicente Golfeto, assessor do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
Segundo ele, a cidade sofreu, em 1996, as consequências do Plano Real sobre a agricultura -principal fonte econômica da região. ``O baixo preço dos produtos agrícolas no mercado prejudicou as finanças da cidade.''
Em 1997, devido à alta de preço dos artigos agrícolas, a economia regional deve voltar a crescer.
``Os principais produtos que alavancaram o crescimento econômico da região foram a soja, impulsionada pelo mercado internacional, e o café, que teve seu preço aumentado devido à retração da demanda'', afirma Golfeto.
Segundo ele, o primeiro semestre ainda deve apresentar um crescimento moderado, pois o dinheiro arrecadado com a venda da produção deverá ser aplicada no saneamento das finanças.
``A partir de agosto, deveremos ter um crescimento maior.''
A evolução no investimento imobiliário já pôde ser sentida no primeiro bimestre desse ano.
Segundo pesquisa da ACI, os recursos investidos no mercado imobiliário tiveram crescimento de cerca de 170% nos dois primeiros meses de 97 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram R$ 30,66 milhões em 96, contra mais de R$ 82 milhões no primeiro bimestre desse ano.
Crescimento
A construtora Lacerda Chaves, a maior de Ribeirão Preto, já está sentindo os efeitos do crescimento imobiliário na região.
Segundo Carlos José Lacerda Chaves, diretor da empresa, as vendas da construtora aumentaram cerca de 10% nos primeiros meses deste ano em relação ao último trimestre de 1996.
Um dos principais empreendimentos da empresa é o edifício Mississipi, lançado no passado e que já foi quase todo vendido.
(Alexandre Loures)

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