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Buscando maior economia, praticidade e segurança, muitos condomínios da capital começam a estudar a possibilidade de converter seus sistemas de suprimento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) pelo gás natural.
Com uma política de subsídios que vai de 60% a 100% do custo das obras e adaptações nos condomínios (o valor pode chegar a R$ 500 por apartamento), a Comgás espera passar dos 370 mil consumidores que tem hoje para algo em torno de 2 milhões, dentro de cinco anos.
Isso deve gerar uma receita de quase R$ 50 milhões à empresa, que, com o dinheiro, pretende aumentar a cobertura de seus gasodutos, de um total de 3.000 km para 12 mil quilômetros.
A principal vantagem do gás natural é a praticidade, já que vem direto da rua por dutos subterrâneos. Elimina assim o inconveniente da constante troca de bujões, tanto nas pequenas unidades de 13 kg, que ficam dentro do imóvel, quanto nas grandes baterias de 45 kg, que servem o condomínio.
Além disso, o gás natural é comprovadamente mais seguro no uso doméstico, uma vez que é mais leve que o ar e se dissipa facilmente, em caso de vazamento. "O GLP é bem mais pesado. Se houver um vazamento, vai ficar parado na cozinha, e qualquer chama ou cigarro por perto pode causar uma explosão", alerta o professor do Programa de Energia da USP (Universidade de São Paulo), Edmilson Santos.
Mesmo com tantas vantagens, o professor da USP lembra que ainda são poucos os imóveis que estão preparados para receber o produto de uma maneira mais ampla, como nos chuveiros e em alguns eletrodomésticos.
"Se for para fazer quebradeira em casa apenas por causa de um fogão, pode não valer a pena o sacrifício, mesmo levando em conta os 20% de economia que o gás natural é capaz de trazer ao bolso do usuário todo mês."
Síndico de um condomínio em Perdizes (zona oeste de São Paulo), Marcelo Melo, 34, aprovou a conversão. Construído há cinco anos, o edifício que administra já tinha todas as instalações prontas para receber o gás, inclusive nos apartamentos.
"A principal vantagem é que agora individualizamos a conta de gás, que era paga pelo condomínio. Quem ficar inadimplente que se entenda com a Comgás", diz. (CESAR AUGUSTO)


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