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Nova Perdizes
Lançamentos de alto padrão despontam em Pompéia, Água Branca e Vila Romana
BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE IMÓVEIS E CONSTRUÇÃO
MARLENE PERET
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Tradicionais redutos de casas de vilas, Pompéia, Água
Branca e Vila Romana, vizinhas
de Perdizes, pegam carona em
suas qualidades para ficar mais
verticalizadas e nobres.
"Hoje, Água Branca e Pompéia têm a melhor relação custo/benefício da zona oeste",
crava Fábio Rossi Filho, 40,
membro da diretoria de marketing do Secovi-SP (sindicato da
habitação). "Um apartamento
na região terá a mesma valorização de um em Perdizes."
Em comum, têm saída fácil
para o centro, a avenida Paulista e as marginais. Desfrutam da
infra-estrutura de Perdizes,
mas mantêm a tranqüilidade
da vizinhança e atraem incorporadoras com grandes lotes.
De olho no vizinho nobre, os
lançamentos ficam mais caros.
O preço de um apartamento
novo ainda é atraente, mas subiu 36% de 2004 a maio deste
ano. O metro quadrado, que
custava R$ 2.373 em 2004, passou para R$ 3.228 em 2006, segundo cálculos da Folha sobre
números do banco de dados
Geoimóvel, elaborado pela
consultoria Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.
Ainda assim, segue 20% mais
barato do que em Perdizes, onde o metro quadrado de novos
residenciais custa R$ 4.055.
"A tendência é que o preço
aumente, sem chegar ao patamar de Perdizes. O tráfego intenso impede valorização
maior", diz Celso de Sampaio
Amaral Neto, 46, diretor comercial da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.
"Está atraindo novos moradores de maior poder aquisitivo, mas ainda é um bairro familiar", avalia o gerente comercial
Daniel Almeida, 41, que mora lá
desde os quatro.
De olho no público-alvo -famílias-, o crescimento se estende ao tamanho dos novos
apartamentos. De 2004 a 2006,
a área interna dos apartamentos cresceu 62%: de 88 m2 para
142 m2 nos três bairros, empatando com Perdizes neste ano.
Tamanho-família
O número de quartos também aumenta: em 2006, 49%
do total lançado corresponde a
quatro-dormitórios.
"Como o público são famílias
de classe média e jovens casais,
os lançamentos têm boas áreas
de lazer", diz Marcela Carvalhal, gerente de marketing da
incorporadora Klabin Segall.
"O pessoal de Perdizes tem
procurado a Pompéia para morar melhor gastando menos",
diz Douglas Duarte, 42, diretor
comercial da construtora Tecnisa. Os moradores aprovam a
expansão, mas fazem ressalvas.
"O bairro está se renovando,
mas o trânsito aumentou muito", avalia o engenheiro Daniel
Rosenbaum, 45, que trabalha
há 20 anos na Pompéia.
Para a analista de sistemas
Elisabete Fernandes, 37, que
tem três filhos e mora na Pompéia há dez anos, a infra-estrutura para educar e entreter os
pequenos deixa a desejar.
"Adoro a feira de artes e os
eventos culturais. Mas acho
que não há escolas de ponta."
R$ 3.228
é o valor do metro quadrado de área
útil de novos apartamentos nos bairros de Pompéia, Água Branca e Vila
Romana; em Perdizes, custa R$ 4.055
49%
dos residenciais lançados neste ano
nos três bairros são quatro-dormitórios; em 2004, correspondiam a 33%, e,
em 2005, a 41% dos novos
1.354
unidades foram lançadas nos três
bairros em 2005, crescimento de 340%
em relação a 2004 (308); neste ano,
eles somam 470, e Perdizes, 194
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