São Paulo, domingo, 18 de junho de 2006

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Nova Perdizes

Lançamentos de alto padrão despontam em Pompéia, Água Branca e Vila Romana

BRUNA MARTINS FONTES
EDITORA-ASSISTENTE DE IMÓVEIS E CONSTRUÇÃO

MARLENE PERET
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tradicionais redutos de casas de vilas, Pompéia, Água Branca e Vila Romana, vizinhas de Perdizes, pegam carona em suas qualidades para ficar mais verticalizadas e nobres.
"Hoje, Água Branca e Pompéia têm a melhor relação custo/benefício da zona oeste", crava Fábio Rossi Filho, 40, membro da diretoria de marketing do Secovi-SP (sindicato da habitação). "Um apartamento na região terá a mesma valorização de um em Perdizes."
Em comum, têm saída fácil para o centro, a avenida Paulista e as marginais. Desfrutam da infra-estrutura de Perdizes, mas mantêm a tranqüilidade da vizinhança e atraem incorporadoras com grandes lotes.
De olho no vizinho nobre, os lançamentos ficam mais caros. O preço de um apartamento novo ainda é atraente, mas subiu 36% de 2004 a maio deste ano. O metro quadrado, que custava R$ 2.373 em 2004, passou para R$ 3.228 em 2006, segundo cálculos da Folha sobre números do banco de dados Geoimóvel, elaborado pela consultoria Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.
Ainda assim, segue 20% mais barato do que em Perdizes, onde o metro quadrado de novos residenciais custa R$ 4.055.
"A tendência é que o preço aumente, sem chegar ao patamar de Perdizes. O tráfego intenso impede valorização maior", diz Celso de Sampaio Amaral Neto, 46, diretor comercial da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações.
"Está atraindo novos moradores de maior poder aquisitivo, mas ainda é um bairro familiar", avalia o gerente comercial Daniel Almeida, 41, que mora lá desde os quatro.
De olho no público-alvo -famílias-, o crescimento se estende ao tamanho dos novos apartamentos. De 2004 a 2006, a área interna dos apartamentos cresceu 62%: de 88 m2 para 142 m2 nos três bairros, empatando com Perdizes neste ano.

Tamanho-família
O número de quartos também aumenta: em 2006, 49% do total lançado corresponde a quatro-dormitórios.
"Como o público são famílias de classe média e jovens casais, os lançamentos têm boas áreas de lazer", diz Marcela Carvalhal, gerente de marketing da incorporadora Klabin Segall.
"O pessoal de Perdizes tem procurado a Pompéia para morar melhor gastando menos", diz Douglas Duarte, 42, diretor comercial da construtora Tecnisa. Os moradores aprovam a expansão, mas fazem ressalvas. "O bairro está se renovando, mas o trânsito aumentou muito", avalia o engenheiro Daniel Rosenbaum, 45, que trabalha há 20 anos na Pompéia.
Para a analista de sistemas Elisabete Fernandes, 37, que tem três filhos e mora na Pompéia há dez anos, a infra-estrutura para educar e entreter os pequenos deixa a desejar. "Adoro a feira de artes e os eventos culturais. Mas acho que não há escolas de ponta."

R$ 3.228
é o valor do metro quadrado de área útil de novos apartamentos nos bairros de Pompéia, Água Branca e Vila Romana; em Perdizes, custa R$ 4.055

49%
dos residenciais lançados neste ano nos três bairros são quatro-dormitórios; em 2004, correspondiam a 33%, e, em 2005, a 41% dos novos

1.354
unidades foram lançadas nos três bairros em 2005, crescimento de 340% em relação a 2004 (308); neste ano, eles somam 470, e Perdizes, 194


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