São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

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A vez da Vila Maria

Distrito supera Santana e se torna o campeão de lançamentos na zona norte em 2008

Adriano Vizoni/Folha Imagem
A maioria dos lançamentos (51%) na Vila Maria de 2002 a 2009
foi de 3-quartos; incorporadores reclamam da falta de terrenos


EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS

O distrito de Vila Maria tomou do de Santana o primeiro lugar em lançamentos imobiliários da zona norte em 2008.
Foram sete novos empreendimentos, dois a mais que o número contabilizado no vizinho. Predominantemente ocupado por casas, o distrito deu um salto em relação aos números de 2006 e 2007; foram três lançamentos nesse biênio, segundo dados da empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel. A Vila Maria deve esse crescimento à alta dos preços a seu redor. "O valor do metro quadrado é inferior ao de Santana", compara o diretor de incorporação da Yuny Incorporadora, Fabio Romano.
Lá, calcula, ele já bate na faixa de R$ 5.000 a R$ 6.000. "Na Vila Maria, é viável o preço de venda de novos apartamentos a R$ 3.500 o m2", calcula. A Yuny prospecta terrenos por ali e os considera ao menos 30% mais baratos que em Santana.
A média do valor do m2 do três-quartos novo na Vila Maria gira em torno de R$ 2.400. Caber no bolso da classe média que já vive no local e quer sair do aluguel é o trunfo dos empreendimentos na Vila Maria, opina Sérgio Amaral dos Anjos, diretor comercial da MRV. A empresa é incorporadora do Spazio Privillege, lançado em 2008 com apartamentos de 43 m2 a 114 m2 e preços entre R$ 97 mil e R$ 188 mil.
"O tipo de imóvel adequado ao distrito foi favorecido pelo programa Minha Casa, Minha Vida [que contempla bens de até R$ 130 mil]", lembra Amaral. "É o foco do mercado hoje."


Falta de terrenos
Mas não há só econômicos na Vila Maria. Algumas unidades de quatro dormitórios custam mais de R$ 400 mil. O crescimento imobiliário na região, porém, enfrenta a falta de terrenos para incorporação. "É um trecho muito adensado", caracteriza o diretor da MRV.
"Às vezes é preciso comprar 20 casas para fazer um lote. Como elas podem ter problemas de documentação, isso chega a levar dois anos", estima Romano.
A julgar pelo perfil dos moradores, bem apegados ao distrito, é provável que muitos donos das casas que dão lugar a prédios sejam os compradores dos futuros apartamentos.


Assista a vídeo sobre lançamentos no distrito

www.folha.com.br/0926116





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