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A vez da Vila Maria
Distrito supera Santana e se torna o campeão de lançamentos na zona norte em 2008
Adriano Vizoni/Folha Imagem
![](../images/32009200901.jpg) |
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A maioria dos lançamentos (51%) na Vila Maria de 2002 a 2009
foi de 3-quartos; incorporadores reclamam da falta de terrenos
EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS
O distrito de Vila Maria tomou do de Santana o primeiro
lugar em lançamentos imobiliários da zona norte em 2008.
Foram sete novos empreendimentos, dois a mais que o número contabilizado no vizinho.
Predominantemente ocupado por casas, o distrito deu um
salto em relação aos números
de 2006 e 2007; foram três lançamentos nesse biênio, segundo dados da empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel.
A Vila Maria deve esse crescimento à alta dos preços a seu
redor. "O valor do metro quadrado é inferior ao de Santana",
compara o diretor de incorporação da Yuny Incorporadora,
Fabio Romano.
Lá, calcula, ele já bate na faixa
de R$ 5.000 a R$ 6.000. "Na Vila Maria, é viável o preço de
venda de novos apartamentos a
R$ 3.500 o m2", calcula. A Yuny
prospecta terrenos por ali e os
considera ao menos 30% mais
baratos que em Santana.
A média do valor do m2 do
três-quartos novo na Vila Maria gira em torno de R$ 2.400.
Caber no bolso da classe média que já vive no local e quer
sair do aluguel é o trunfo dos
empreendimentos na Vila Maria, opina Sérgio Amaral dos
Anjos, diretor comercial da
MRV. A empresa é incorporadora do Spazio Privillege, lançado em 2008 com apartamentos de 43 m2 a 114 m2 e preços
entre R$ 97 mil e R$ 188 mil.
"O tipo de imóvel adequado
ao distrito foi favorecido pelo
programa Minha Casa, Minha
Vida [que contempla bens de
até R$ 130 mil]", lembra Amaral. "É o foco do mercado hoje."
Falta de terrenos
Mas não há só econômicos na
Vila Maria. Algumas unidades
de quatro dormitórios custam
mais de R$ 400 mil.
O crescimento imobiliário na
região, porém, enfrenta a falta
de terrenos para incorporação.
"É um trecho muito adensado",
caracteriza o diretor da MRV.
"Às vezes é preciso comprar 20
casas para fazer um lote. Como
elas podem ter problemas de
documentação, isso chega a levar dois anos", estima Romano.
A julgar pelo perfil dos moradores, bem apegados ao distrito, é provável que muitos donos
das casas que dão lugar a prédios sejam os compradores dos
futuros apartamentos.
Assista a vídeo sobre
lançamentos no distrito
www.folha.com.br/0926116
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