São Paulo, domingo, 22 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

mude!

Esquadria sem fumaça

Norma técnica de qualidade é atualizada e amplia informações sobre desempenho para o consumidor

CAROLINE PELLEGRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As esquadrias (conjuntos que formam portas e janelas, com batentes e folhas) são essenciais para evitar umidade e vazamentos nos imóveis.
Na hora de optar por um modelo, o comprador em geral se guia pela aparência e pelo preço, esquecendo-se dos padrões de desempenho.
Segundo o diretor industrial da fabricante Triel, Harry Wottrich, há no mercado muitos produtos que não seguem as especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). "Muitos consumidores não reclamam, pois acham normal entrar água e barulho."
Para ajudar na escolha, a ABNT publicou neste ano a atualização da norma NBR 10.821, que amplia a quantidade de especificações de esquadrias para edificações de até 30 pavimentos, contemplando obras mais simples.

TUDO NA ETIQUETA
Tanto esquadrias padronizadas de fábrica como as especiais, feitas por encomenda, devem seguir as regras. A ABNT recomenda que as esquadrias tenham suas especificações em uma etiqueta fixada na embalagem.
As informações se referem a tipologia (janela ou porta de correr ou deslizar), dimensões em milímetros, classificação técnica (quantidade máxima de pavimentos da edificação) e região do país, entre outras características.
"A informação na etiqueta quanto à resistência às operações de manuseio se refere a situações como movimentar a janela", exemplifica o gerente do Programa Setorial de Qualidades da Afeal (Associação dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio), Edson Fernandes.
A pressão do vento é definida em função da região do país e do número de pavimentos da edificação. É indicado ainda nível de desempenho ""M (mínimo), I (intermediário) e S (superior)"", considerando permeabilidade ao ar.
Esquadrias que não seguem os padrões permitem a entrada da água, que mancha a pintura e danifica eletrodomésticos, e do vento (com som de assovio).
A segurança dos usuários também está em jogo. "Quando alguém senta no peitoril para limpar a esquadria, ela tem de resistir", diz Fabíola Rago, engenheira e coordenadora do grupo de trabalho da revisão da norma.
A eficiência passa também pelo modo de uso. "Uma esquadria de ótima qualidade, mas armazenada em más condições [sobre superfícies úmidas e irregulares, sujeita a sol e chuva] ou instalada incorretamente [fora de esquadro, sem fixação e sem vedação com a alvenaria], pode apresentar problemas como infiltração", cita Rago.


Texto Anterior: Saneamento: Atualmente, cidade trata 15% do esgoto
Próximo Texto: Vida média é de 20 anos e varia com material
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.