São Paulo, Domingo, 22 de Agosto de 1999
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ALUGUEL
Julho teve 749 desistências; 60% ocorreram por questões financeiras
Aumentam as devoluções de imóveis em São Paulo

SÉRGIO DURAN
da Reportagem Local

O número de inquilinos que devolveram o imóvel em julho, na cidade de São Paulo, aumentou 22,89% em relação a junho -749 desistiram da locação no mês, segundo pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).
A falta de condições financeiras para pagar o aluguel foi o principal motivo, representando 60,08% das devoluções.
Por outro lado, o volume total de locações cresceu 1,8% no mesmo mês. É a primeira alta no mercado de aluguéis residenciais em São Paulo desde março, segundo a pesquisa.
Para o presidente do Creci-SP, Roberto Capuano, esse aumento do número de imóveis alugados não deve se repetir nos próximos meses, porque se trata de um efeito sazonal. "É natural que isso ocorra em julho. Por causa das férias escolares, muitas pessoas decidem mudar nesse mês", diz.
Quem planeja alugar um imóvel, segundo Capuano, tem um ótimo momento para fazê-lo. A queda no valor da locação atingiu todos os tipos de imóveis. O de dois dormitórios com aluguel de até R$ 500 -que representa a maior fatia do mercado- registrou queda de 4% a 9,46%, dependendo da localização.
Além da queda no aluguel, as 467 imobiliárias consultadas pelo Creci na pesquisa estão oferecendo diversas promoções para quem fechar contrato.
Os principais atrativos são: reforma do imóvel ou dois meses de condomínio pagos; desconto de 50% no valor do primeiro aluguel e pagamento das primeiras contas de água e luz; pagamento do primeiro aluguel após 60 dias de contrato; custeio das despesas de mudança.
"De tudo isso, a única novidade é o pagamento do condomínio. Mas todos os atrativos representam, na verdade, a redução do valor do aluguel", diz Capuano.

Venda
A venda de imóveis usados caiu 14,82% em julho, de acordo com o Creci. No mês, foram comercializados 110 casas e 127 apartamentos. O acumulado dos últimos cinco meses aponta uma retração de 33,72%.
Capuano credita essa redução ao alto custo do financiamento. "Se não fosse a carta de crédito, o mercado estaria parado", diz.


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