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ALUGUEL
Julho teve 749 desistências; 60% ocorreram por questões financeiras
Aumentam as devoluções de imóveis em São Paulo
SÉRGIO DURAN
da Reportagem Local
O número de inquilinos que devolveram o imóvel em julho, na
cidade de São Paulo, aumentou
22,89% em relação a junho -749
desistiram da locação no mês, segundo pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis
de São Paulo (Creci-SP).
A falta de condições financeiras
para pagar o aluguel foi o principal motivo, representando
60,08% das devoluções.
Por outro lado, o volume total
de locações cresceu 1,8% no mesmo mês. É a primeira alta no mercado de aluguéis residenciais em
São Paulo desde março, segundo
a pesquisa.
Para o presidente do Creci-SP,
Roberto Capuano, esse aumento
do número de imóveis alugados
não deve se repetir nos próximos
meses, porque se trata de um efeito sazonal. "É natural que isso
ocorra em julho. Por causa das férias escolares, muitas pessoas decidem mudar nesse mês", diz.
Quem planeja alugar um imóvel, segundo Capuano, tem um
ótimo momento para fazê-lo. A
queda no valor da locação atingiu
todos os tipos de imóveis. O de
dois dormitórios com aluguel de
até R$ 500 -que representa a
maior fatia do mercado- registrou queda de 4% a 9,46%, dependendo da localização.
Além da queda no aluguel, as
467 imobiliárias consultadas pelo
Creci na pesquisa estão oferecendo diversas promoções para
quem fechar contrato.
Os principais atrativos são: reforma do imóvel ou dois meses de
condomínio pagos; desconto de
50% no valor do primeiro aluguel
e pagamento das primeiras contas
de água e luz; pagamento do primeiro aluguel após 60 dias de
contrato; custeio das despesas de
mudança.
"De tudo isso, a única novidade
é o pagamento do condomínio.
Mas todos os atrativos representam, na verdade, a redução do valor do aluguel", diz Capuano.
Venda
A venda de imóveis usados caiu
14,82% em julho, de acordo com o
Creci. No mês, foram comercializados 110 casas e 127 apartamentos. O acumulado dos últimos
cinco meses aponta uma retração
de 33,72%.
Capuano credita essa redução
ao alto custo do financiamento.
"Se não fosse a carta de crédito, o
mercado estaria parado", diz.
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