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A era do extremo
Lançamentos em São Paulo sobem ao pódio no ranking dos mais altos, espaçosos e caros
Renato Stockler/Folha Imagem
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Da varanda de seu apartamento, a 120 m de altura, o administrador de empresas Jean Chevalier consegue avistar a serra da Cantareira e o pico do Jaraguá sem obstáculos
DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois empreendimentos paulistanos, um recém-concluído e
outro em fase de construção,
ostentam títulos superlativos.
No topo do pódio dos espigões está o Mandarim, que contabiliza 137 metros de altura e
40 andares. Já o epíteto "maior
e mais caro" será dividido entre
os 12 apartamentos do edifício
ACL, cuja entrega está prevista
para dezembro de 2007.
O mais amplo apartamento
de um pavimento terá uma área
útil de 1.223 m2, mais 12 vagas
na garagem. A unidade mais cara -o preço varia com o andar- custará R$ 13 milhões.
Uma das justificativas do
preço é a reserva de mata atlântica ao redor do prédio, no Morumbi (zona oeste). Com as favelas próximas, investiu-se em
sistema de segurança 24 horas.
Os R$ 13 milhões podem dobrar com benfeitorias. "Compradores de apartamentos de
altíssimo padrão costumam
deixá-los ainda mais exclusivos", estima Celso Amaral Neto, 46, diretor comercial da
consultoria Amaral d'Ávila.
A estrutura "de fábrica" do
ACL prevê a personalização.
Sob o piso anti-ruído, poderão
passar fios. O tratamento acústico estende-se a parede e teto
e abafa o barulho da tubulação.
Se o freguês quiser, poderá
automatizar iluminação, refrigeração e persianas. Um gerador garantirá a energia elétrica.
A suíte principal ocupa
198 m2 da planta, que tem sala
de cinema, adega com sala de
degustação, outras cinco suítes, varanda com piscina, salas
e muito mais salas -um total
de 25 cômodos.
Com espaço para 81 moradores, o apartamento é exagerado
até para o padrão de quem o
criou, a construtora Adolpho
Lindenberg e a incorporadora
Lindencorp, cujos imóveis têm,
em média, 400 m2.
"Já vendemos metade das
unidades, para famílias de cinco pessoas, que moravam em
casas e exigiam espaço", diz o
diretor comercial da Lindencorp Pedro Ludovici, 32.
Jóias imobiliárias
Há coberturas tão caras
quanto um ACL. A do edifício
Parque Alfredo Volpi, na Cidade Jardim (zona oeste), é um
dúplex com 1.500 m2, à venda
por R$ 22 milhões, personalizado. Equipara-se a coberturas
de edifícios como L'Essence,
nos Jardins (zona oeste), e
"Château Lafite", na Vila Nova
Conceição (zona sul).
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