São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006

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A era do extremo

Lançamentos em São Paulo sobem ao pódio no ranking dos mais altos, espaçosos e caros

Renato Stockler/Folha Imagem
Da varanda de seu apartamento, a 120 m de altura, o administrador de empresas Jean Chevalier consegue avistar a serra da Cantareira e o pico do Jaraguá sem obstáculos

DÉBORA FANTINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois empreendimentos paulistanos, um recém-concluído e outro em fase de construção, ostentam títulos superlativos.
No topo do pódio dos espigões está o Mandarim, que contabiliza 137 metros de altura e 40 andares. Já o epíteto "maior e mais caro" será dividido entre os 12 apartamentos do edifício ACL, cuja entrega está prevista para dezembro de 2007.
O mais amplo apartamento de um pavimento terá uma área útil de 1.223 m2, mais 12 vagas na garagem. A unidade mais cara -o preço varia com o andar- custará R$ 13 milhões.
Uma das justificativas do preço é a reserva de mata atlântica ao redor do prédio, no Morumbi (zona oeste). Com as favelas próximas, investiu-se em sistema de segurança 24 horas.
Os R$ 13 milhões podem dobrar com benfeitorias. "Compradores de apartamentos de altíssimo padrão costumam deixá-los ainda mais exclusivos", estima Celso Amaral Neto, 46, diretor comercial da consultoria Amaral d'Ávila.
A estrutura "de fábrica" do ACL prevê a personalização. Sob o piso anti-ruído, poderão passar fios. O tratamento acústico estende-se a parede e teto e abafa o barulho da tubulação.
Se o freguês quiser, poderá automatizar iluminação, refrigeração e persianas. Um gerador garantirá a energia elétrica.
A suíte principal ocupa 198 m2 da planta, que tem sala de cinema, adega com sala de degustação, outras cinco suítes, varanda com piscina, salas e muito mais salas -um total de 25 cômodos.
Com espaço para 81 moradores, o apartamento é exagerado até para o padrão de quem o criou, a construtora Adolpho Lindenberg e a incorporadora Lindencorp, cujos imóveis têm, em média, 400 m2.
"Já vendemos metade das unidades, para famílias de cinco pessoas, que moravam em casas e exigiam espaço", diz o diretor comercial da Lindencorp Pedro Ludovici, 32.

Jóias imobiliárias
Há coberturas tão caras quanto um ACL. A do edifício Parque Alfredo Volpi, na Cidade Jardim (zona oeste), é um dúplex com 1.500 m2, à venda por R$ 22 milhões, personalizado. Equipara-se a coberturas de edifícios como L'Essence, nos Jardins (zona oeste), e "Château Lafite", na Vila Nova Conceição (zona sul).


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