São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

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Largo da Batata paralisa obras

Suspeita de sítio arqueológico na região será investigada; entrega da reforma está prevista para final de 2010

Fred Chalub/Folha Imagem
Segundo a Emurb, 35% das obras já foram concluídas

EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS

A perspectiva de um novo largo da Batata, na zona oeste, já atraiu investidores. Mas uma denúncia anônima, na semana passada, paralisou as obras de reurbanização da região -que têm previsão de entrega para 2010.
A Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) foi comunicada de que poderia haver na região um sítio de interesse arqueológico, localizado na rua Cardeal Arcoverde. A empresa Gestão Arqueológica Consultoria em Patrimônio Cultural Ltda., dirigida pelo arqueólogo Plácido Cali, foi contratada pelos próximos 12 meses para investigar o local.
Segundo a assessoria de imprensa da Emurb, as reformas continuarão à medida que os trechos forem gradualmente liberados pelos arqueólogos.
Do total das obras, 35% foram executados, diz a Emurb. Ainda não é possível dizer se haverá atraso na entrega. As intervenções incluem mudança do terminal de ônibus, instalação de ilhas e canteiros, arborização, iluminação e reurbanização de passeios. A estação de metrô também deve ficar pronta em 2010.

Valorização
Consultores e incorporadores se mostram otimistas quanto à valorização do largo. "Vai virar uma área mais enobrecida, com novos residenciais e comerciais", analisa Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações e da Geoimovel, empresa de pesquisas de mercado.
Ele aposta no surgimento de três-dormitórios para quem trabalha na região. Milena Morales, gerente de pesquisa de mercado da consultoria Cushman & Wakefield, estima que os residenciais já existentes devem se valorizar com as melhorias.
Sobre os comerciais, Morales observa que o perfil do largo é propício à criação de "retrofits" -prédios antigos reformados e atualizados em termos de projeto.

Consultórios
Ela lembra que a incorporação de novos empreendimentos ali passa pela dificuldade de comprar os velhos edifícios que, em geral, pertencem a mais de um proprietário, o que prolonga as negociações. "O problema da região é que não há mais terrenos vagos", concorda Fabio Romano, diretor da incorporadora Yuny.
A construtora Bueno Netto já investiu naquele trecho. Lançou o Ahead, com salas comerciais de 40 m2. "São escritórios e consultórios para profissionais liberais e médicos", define Adalberto Bueno Netto, presidente da empresa. "Há ali grande demanda por parte desses usuários."


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