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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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Inspiradas em empreendimentos de Londres, Nova York e Paris, incorporadoras investem em residenciais ao lado de comerciais

Brasil importa estilo de vida

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Tendência em cidades como Londres, Nova York e Paris, voltam a ser lançados, em São Paulo, prédios residenciais ao lado de vias estritamente comerciais. As proximidades das avenidas Faria Lima e Eng. Luiz Carlos Berrini (zona oeste) são os alvos de construtoras e incorporadoras.
"O Brasil está importando um estilo de vida", diz Tomás Salles, 52, diretor de novos negócios da imobiliária Lopes, a primeira no ranking de vendas. "A casa, hoje, tem mais importância que no passado. A sociedade se enclausurou. Consequentemente, a demanda é por ambientes agradáveis e próximos ao trabalho."
"Esses novos residenciais refletem a necessidade das pessoas", afirma Roberto Abud Filho, 32, coordenador de novos negócios da construtora Bueno Netto. "É o tipo de empreendimento que dá certo", completa Maristela Val, 32, gerente de marketing da construtora e incorporadora Cyrela.
Para Edmond Lati, 34, sócio-diretor da Conceito Construtora e Incorporadora, projetos flexíveis e para vários nichos de compradores são a tendência nos grandes centros urbanos. "Mas, para viabilizar o investimento, a localização é fundamental. Não adianta se isolar e achar que vai atrair."

Lançamentos
Dar ao morador a sensação de que está num hotel cinco estrelas é a idéia do recém-lançado Diogo Home Boutique, incorporado pela Agra e pela Mac, na rua Diogo Jácome (zona sul), diz Viviane Frank, 36, gerente de marketing da Agra. O empreendimento terá manobrista, "concièrge", restaurante 24 horas e outros serviços. "O Diogo é marcante por chegar ao extremo no conceito de viver bem", completa Rogério Santos, 34, diretor de planejamento e marketing da imobiliária Abyara.
Também comercializado por ela, o Mandarim, na rua Sansão Alvez dos Santos, abrigará, em 40 andares, 338 apartamentos com opções de um, dois e três dormitórios, além de lofts, dúplex e cobertura dúplex -as unidades variam de 46,5 m2 a 202 m2.
"O projeto acolhe vários grupos de pessoas que não são atendidas na área", analisa Val. "Elas trabalham na região e precisam morar perto do trabalho por motivos de comodidade ou de segurança."
Na opinião de Cassio Mantelmacher, 35, diretor da Schahin Empreendimentos Imobiliários, o segredo de condomínios com mix de produtos é oferecer aos moradores diversificação, mas no mesmo padrão socioeconômico.
Inspirado em empreendimentos nova-iorquinos, o Live & Lodge, da Lucio Engenharia, agregará numa só torre, na Vila Mariana (zona sul), apartamentos e hotel. "Os benefícios que os moradores terão com o mix é que poderão usar serviços como arrumadeira e café pagando pelo uso", analisa Gonzalo Fernandez, 35, diretor da imobiliária Fernandez Mera.
A construtora e incorporadora Goldfarb deve lançar, no segundo semestre, um condomínio que mescla apartamentos e casas, na av. Aricanduva (zona leste). Os serviços vão além do "home theater", oferecendo anfiteatro, casa de bonecas e centro de estudos.
Paulo Petrin, 28, diretor de incorporação, explica que, nos 40.000 m2, haverá opções de um a três dormitórios, com plantas diferenciadas. "Quisemos resgatar o conceito de viver em comunidade, já que, de condomínios-clube, o mercado está cheio."
(MONICA FÁVERO E PAULA LAGO)


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