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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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COMERCIAL

Média é R$ 25, contra R$ 70 da Faria Lima, R$ 50 da Berrini e R$ 40 da marginal Pinheiros

Centro Empresarial tem m2 mais barato

DA REPORTAGEM LOCAL

Construído há 26 anos e um dos pioneiros em alto padrão comercial, o Centro Empresarial de São Paulo, na zona sul, aparece agora como o espaço para locação mais barato da cidade -média de R$ 25 o m2, contra R$ 70 da av. Brig. Faria Lima, R$ 50 da Eng. Luiz Carlos Berrini e R$ 40 da marginal Pinheiros, segundo a consultoria Ponzio e Féo.
"O que proporcionou esse valor abaixo do de mercado foi a racionalização do espaço devido às suas proporções superlativas", diz a gerente de comunicação do complexo, Mari Mei, 35. Além dos 50 andares com área total útil de 2.844 m2 cada uma (uma raridade hoje em dia na cidade), há um shopping com 70 lojas, 30 restaurantes e dez agências bancárias, para atender um público interno de 30 mil pessoas/dia.
Mas nem tudo é perfeito. Embora situado na marginal Pinheiros, próximo à ponte João Dias, como tantos outros da região, o empreendimento está do lado "errado" do rio Pinheiros -junto à av. Maria Coelho Aguiar, como muito poucos. Próximos a ele, só existem outros dois concorrentes: o América Business Park (da America Properties) e o Panamerica Park (Hines).

Melhor opção
"Mas, de longe, o Centro Empresarial pode ser considerado a melhor opção do outro lado do rio, já que é auto-sustentável", analisa Anne Oliveira, 27, gerente de pesquisa da consultoria Jones Lang LaSalle, especializada em comerciais de alto padrão. Com seus 142 mil metros quadrados úteis, o Centro Empresarial bate fácil o América (25.000 m2) e o Panamerica (40.000 m2).
A grandiosidade das lajes, fator decisivo em outras áreas e prédios comerciais da cidade, é outra dificuldade do Centro Empresarial. "As grandes empresas procuram, hoje, um imóvel de alto padrão com localização privilegiada [a preferência é pela esquina das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubistchek], o que o obriga a lotear os andares para até quatro empresas, criando problemas de planta [banheiros, elevadores, condomínio] e tirando o conforto dos usuários", diz.

Retrofit
Para minimizá-las, o conjunto passou recentemente por uma super-reforma (retrofit), que incluiu a modernização dos sistemas de telecomunicações e de vigilância. E conseguiu uma taxa de ocupação de 84%. É muito menor do que os 95% dos "bons tempos", mas está muito além do pior momento do complexo, quando chegou a amargar o índice recorde de 33% de ocupação, durante a crise de 1993 (Collor).
O Centro Empresarial abriga, há anos, grandes multinacionais, como Accor, Daimler Chrysler, Procter & Gamble, Nextel, Rhodia e Unilever. Os novos ocupantes são empresas de telecom, telemarketing e prestadores de serviços "terceirizados", que não recebem cliente em seus escritórios, mas precisam de muito espaço e de recursos tecnológicos. "É perfeito para abrigar a parte operacional das companhias, como o call center", diz Oliveira. (NB)


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