São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CONSTRUÇÃO

Imóveis de até 60 m2 estão entre as apostas da empresa; Gafisa é 2ª, seguida pela Company

Rossi também lidera como construtora

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A exemplo do segmento de incorporação, a Rossi Residencial também lidera no ranking quantitativo das construtoras. Contabiliza 759 mil metros quadrados lançados e construídos no período em análise para o prêmio.
Novamente segunda colocada, a Gafisa soma 560 mil metros quadrados, mais que o dobro da terceira, a Company (273 mil).
A Rossi atribui sua alta capacidade de produção ao desenvolvimento de processos e tecnologias construtivas que racionalizariam o custo da obra em até 30% em relação ao verificado no mercado.
Uma das regiões mais exploradas para lançamentos da empresa na capital foi a do Jardim Aricanduva, na zona leste. Batizados com o conceito de "Vida Nova", os empreendimentos têm dois e três dormitórios, com metragem entre 41 e 60 m2 de área útil.
Segundo o balanço divulgado pelo Secovi (sindicato das imobiliárias e construtoras) sobre o ano passado, foram comercializadas 14 mil unidades residenciais na cidade de São Paulo. Desse total, os apartamentos com dois dormitórios, que têm em média 50 m2 de área útil, representaram metade.
Já os imóveis de três dormitórios, cujo perfil é bem variado (abrange desde o imóvel "popular" de cerca de 60 m2 de área útil até um alto padrão com mais de 200 m2), representaram 32% dos apartamentos vendidos em 2001.

Demandas
Segundo Cássio Mantelmacher, diretor da Schahin, a quinta colocada no ranking quantitativo de construtoras, existe no mercado uma demanda carente por imóveis de 90 a 170 m2 de área útil.
"Por isso, neste ano, vamos investir cerca de R$ 150 milhões em lançamentos de apartamentos com essas metragens, que custarão de R$ 160 mil a R$ 340 mil."
Bairros como Vila Romana, na zona oeste, e Ipiranga, na zona sul, receberão atenção redobrada da Schahin. "Faz parte da nossa tradição investir em novos bairros com vocação residencial", diz.
Para o presidente da construtora Kallas, Emílio Rached Kallas, o ano de 2002 está exigindo cautela por parte dos construtores. "Mas nós temos de acreditar e não deixar de produzir", afirma.
A "cautela" descrita por Kallas é um reflexo de 2001, quando o setor produziu menos do que no ano anterior.
De acordo com os números divulgados no balanço de fim de ano do Secovi, o mercado produziu 20% a menos em números de lançamentos, em comparação com o ano anterior, quando foram lançadas 30 mil unidades residenciais.
Em termos de quantidade de empreendimentos, a queda foi de 16% em relação ao ano anterior (310 contra 370).
A Kallas, sexta colocada no ranking quantitativo, já fixou o foco: pretende lançar cerca de mil unidades neste ano para o público de baixa renda. No período da análise, a empresa construiu mais de 154 mil metros quadrados. "Esperamos não ter surpresas desagradáveis que façam esfriar os negócios", afirma o presidente, referindo-se às crises de 2001, como o racionamento de energia, a disparada do dólar e os atentados terroristas contra os Estados Unidos.
(ELENITA FOGAÇA)



Texto Anterior: Raio-X: Localização decide a compra
Próximo Texto: Raio-X: Três dormitórios têm preferência
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.