VIVIANE ZANDONADI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O número de e-mails no mundo deve saltar de 505 milhões (em 2000) para 1,2 bilhão em 2005, quando o tráfego será de pelo menos 36 bilhões de mensagens por dia. A previsão é do instituto de pesquisas IDC (www.idc.com).
Se o movimento na sua caixa de correio acompanhar tal projeção (e é bem provável que isso aconteça), o volume de cartinhas eletrônicas vai aumentar, assim como crescerá a quantidade de mensagens não solicitadas, mala direta, propaganda chata, corrente, piada, vírus e spam.
Talvez você já tenha um endereço pessoal e outro para usar no escritório. Com sorte, ensinou o programa de correio a organizar a correspondência em pastas separadas. Mas é possível melhorar tal administração.
Programas disponíveis para download fazem triagem inteligente de mensagens. Não são infalíveis e pedem atenciosos testes antes de fazer uma opção. Mas a maioria é compacta e gratuita. No mínimo, permitem ver e-mails de diversas contas e apagar os indesejáveis antes mesmo de baixá-los do servidor.
Ao identificar novas mensagens, o ícone da máquina de lavar solta microbolhas de sabão no canto direito da barra de ferramentas do Windows. É um aviso. O programa MailWasher (www.mailwasher.net) libera o usuário da necessidade de ter sempre aberto o programa de correio padrão, clicando compulsivamente em "Enviar/receber".
Com ele, é possível devolver potenciais spams ou mensagens não-solicitadas, preservando a identidade. Basta que o endereço do remetente seja válido. A gente sabe que nem sempre isso acontece, mas a idéia é ótima: o fulano recebe um e-mail informando que a "vítima" (você) não existe, como se fosse mensagem de erro. Depois, é bloqueado. O objetivo é reduzir o número de bobagens que chegam todos os dias.
Para ler e-mails de contas diferentes, é preciso configurar os programas com os nomes dos servidores que recebem (POP3) e que enviam (SMTP) mensagens. Você encontra esses dados nas propriedades do software de correio eletrônico ou no site do provedor que assina. Se estiver utilizando o POP Peeper (http://home.attbi.com/meierj/software/PopPeeper), não precisará disso. O próprio programa rastreia possíveis servidores, partindo do nome do provedor fornecido pelo usuário ao digitar o endereço do correio eletrônico.
Não é tão eficiente quanto o MailWasher quando o assunto é spam, mas é intuitivo, e o pacote básico (visualizar, avaliar e remover) funciona perfeitamente. Classifica as diferentes contas por cores, o que é útil para quem tem muitos e-mails.
A proposta do SpamMotel (www.spammotel.com), embora de praticidade questionável, é diferente e vale conhecer. O usuário recebe um novo e-mail (X@spammotel.com). Sai para navegar livremente. Quando for solicitado, numa dessas situações que sempre acontecem, fornecerá tal endereço para cadastro e preencherá uma breve nota (formulário on-line do próprio SpamMotel) para se lembrar de quando e por qual razão fez isso. É esse acervo de bilhetinhos que permitirá ao programa identificar, depois, correspondência abusiva, vulgo spam. Todas as mensagens enviadas para o novo endereço serão encaminhadas para o e-mail "oficial" e secreto do internauta, junto com o bilhetinho correspondente à fonte. Ou seja, é possível saber quando e como seu endereço foi obtido.



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