Divulgação

Obra do artista cubano Hector Villaverde, que participou do projeto "Sharing Dreams"

A 2.000 quilômetros de distância um do outro, separados por profundas diferenças culturais e por um dos mais longos embargos comerciais da história recente, é provável que os designers gráficos Carole Goodman, nova-iorquina, e Hector Villaverde, cubano, nunca se encontrassem. Trabalhar juntos, então, seria mais difícil ainda. Mas a informática proporcionou tal reunião criativa.
Por três anos seguidos -2004, 2005 e 2006-, o projeto "Sharing Dreams" (compartilhando sonhos) permitiu que sete artistas cubanos e sete americanos trocassem idéias pela internet e elaborassem juntos obras digitais. O resultado desse trabalho está exposto até o dia 9 de agosto no museu Godwin-Ternbach (qcpages.qc.cuny.edu/godwin-ternbach), em Nova York.
"Os artistas mostram que, apesar de tudo, todos temos as mesmas esperanças e sonhos de paz e de uma vida melhor para nós e para nossos filhos", diz Amy Winter, diretora do museu e curadora da mostra.
A maneira de produzir as peças é inovadora; mas o processo em si era bem simples, devido à disparidade de condições técnicas.
Do seu lado, cada um dos envolvidos começava a trabalhar em um pôster. Podiam fotografar, recortar e colar figuras, desenhar à mão e depois digitalizar o papel ou fazer tudo na tela do computador direto. Aí enviavam essa versão por e-mail para os seus parceiros do outro lado do oceano.
Os colaboradores podiam intervir à vontade, trocando, tirando, acrescentando -sempre discutindo as mudanças com os autores iniciais.

Programas
Os programas utilizados foram o Adobe Photoshop, o Corel Draw, o Illustrator e o InDesign. "Aqui, não usamos Mac, produto bloqueado pelo embargo, usamos PC. Para mim, o mais importante é expressar meus pontos de vista, e não as ferramentas. Prefiro o PC, porém espero que um dia a Apple suspenda as restrições que faz ao meu país", diz Villaverde.
"Estamos acostumados a achar que Nova York é o centro do universo. Foi muito interessante, renovador, examinar o design sob uma perspectiva global, ver um trabalho com os olhos de outra pessoa", contou Goodman .
A cubana Yoana Yelin fala sobre seu aprendizado: "Uma coisa que eu percebi é que o senso de humor dos designers é internacional. Trata-se de uma profissão muito legal, e o projeto rompe as fronteiras e cria oportunidades de intercâmbio, aprimoramento e expansão das nossas vivências".
O processo durava entre três e quatro meses. Depois, as peças eram exibidas em Havana -em 2007, pela primeira vez elas poderão ser apreciadas nos EUA. Os temas dos 36 pôsteres são os mais diversos. Alguns são políticos; outros, abstratos. E há os humorísticos.
"As peças provam que a linha tradicionalmente traçada entre a arte tradicional e a arte gráfica é superficial, não se sustenta", comenta Winter.

Frase

"O que está acontecendo é a criação de um mapa extremamente detalhado do mundo, que está sendo feito por todas as pessoas do mundo. O resultado final será uma descrição muito mais rica da Terra"

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de boneca, a Barbie agora também é um tocador de MP3.
O aparelho BarbieGirls (lançado nos EUA por US$ 59), além de tocar música, também pode ser plugado no computador e destrava áreas exclusivas do site Barbiegirls.com.
Na página, as crianças podem brincar e ganhar dinheiro virtual, que pode ser usado para comprar acessórios para a boneca digital. As donas do toca-MP3 têm acesso a mais lojas virtuais e a um bate-papo on-line.
Analistas dizem que as fabricantes de brinquedos acharam um jeito de cobrar, indiretamente, por conteúdo on-line, o que costuma ser difícil.
Em vez de cobrar uma assinatura, o site, ou parte dele, só pode ser acessado por quem comprar um brinquedo especial.
Um dos pioneiros da tendência foi o WebKinz, mundo virtual com acesso só para quem comprar um bichinho de pelúcia especial.
(PL)

INTERNET
DIGG USA SISTEMA DA MS PARA ANÚNCIOS
O Digg, site de notícias classificadas pela comunidade conhecido pelas tendências esquerdistas e anticorporações de seus usuários, decidiu passar a usar o sistema de anúncios on-line da Microsoft. Antes, o Digg, que tem 17 milhões de visitantes únicos por mês, tinha como parceiro de publicidade o Google. Segundo o presidente do Digg, Jay Adelson, a Microsoft ofereceu a melhor solução. Para a empresa de Bill Gates, é uma boa oportunidade de gerar receita, mesmo que ela venha indiretamente de posts anti-Microsoft.


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