DA REPORTAGEM LOCAL

Se 256 Mbytes de memória RAM são tão importantes para o PC, por que o varejo continua a oferecer máquinas com menos do que isso? "Porque [o micro] fica R$ 100 mais barato", diz o escritor Laércio Vasconcelos. A rede de hipermercados Extra, que diz ser a maior vendedora de computadores do país, afirma que a opção por 128 Mbytes se adapta à expectativa do público de suas lojas, que busca sobretudo o "primeiro computador", ou seja, é iniciante e pretende usar o micro em tarefas simples.
Mas, se mesmo os PCs mais simples têm processadores velozes, por que não oferecer máquinas com chips um pouco mais lentos e investir na memória RAM? "Porque a diferença de preço [entre um chip novo e outro antigo] não é tão significativa", diz Reinaldo Opice, diretor de OEM (integração de PCs) da Microsoft.
O Extra aponta a disseminação dos gravadores de CD, atualmente presentes mesmo nos modelos mais simples, como exemplo de melhoria no hardware, e diz que pretende criar, em 2005, um serviço que permitirá personalizar a configuração antes da compra.
Os fabricantes de informática mais tradicionais costumam estar ausentes de hipermercados e lojas de departamentos, que dão preferência a marcas como Thinq e Kennex.
Segundo o Extra, que cita a Semp Toshiba como exceção a essa regra, a ausência de máquinas da Itautec e da HP, por exemplo, se deve a uma opção dos próprios fabricantes, que preferem vender diretamente seus PCs. "Quando a Compaq existia, nós éramos os maiores vendedores [dessa marca]", diz Marcelo Bazzali, diretor de eletroeletrônicos da rede.
Muitos varejistas vendem máquinas sem monitor. Segundo o Procon, isso é legal, mas a propaganda do computador deve indicar claramente o fato. Nas pesquisas realizadas pela reportagem, isso se confirmou: em todas as lojas, os micros sem monitor eram identificados pelo termo CPU. (BG)


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