São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2004

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Empresa quer vetar rede nos EUA

DA ASSOCIATED PRESS

A pretensão da cidade de Filadélfia (EUA) de oferecer acesso sem fios à internet de forma subsidiada está em rota de colisão com interesses comerciais, inclusive os da companhia telefônica local, a Verizon. Um projeto de lei, que foi desenvolvido por lobistas de companhias de telecomunicações e está sendo analisado pelo governador da Pensilvânia, almeja vetar o projeto de acesso público Wi-Fi.
Além da Verizon, outras empresas intensificaram seus esforços, nos últimos meses, para conter iniciativas similares à da Filadélfia -dezenas de cidades, de San Francisco a Saint Cloud (Flórida), já começaram a montar redes públicas wireless ou divulgaram planos relacionados. As companhias de telefonia estão duplamente preocupadas, pois centenas de cidades dos EUA já provêem acesso subsidiado a seus habitantes.
"Nós queremos reduzir a desigualdade e beneficiar aqueles que não podem ter acesso à internet", diz Barbara Grant, porta-voz do prefeito da Filadélfia.
Mas as operadoras de telecomunicações, cujos negócios já têm sido atormentados por tecnologias como a voz sobre IP (que permite fazer telefonemas via internet), dizem que projetos financiados pelo setor público representam concorrência desleal.
Segundo elas, o problema é que o setor público pode investir com os recursos da arrecadação de impostos, enquanto as empresas têm de tomar empréstimos no mercado, pagando juros. Outra reclamação das companhias é que, nos EUA, projetos de telecomunicações realizados pelo governo estão sujeitos a menos restrições regulatórias.
A prefeitura da Filadélfia pretende inaugurar o serviço público em 2006 e promete dá-lo de graça ou cobrar menos do que os US$ 35 a US$ 60 mensais cobrados por empresas privadas.


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