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Empresa quer vetar rede nos EUA
DA ASSOCIATED PRESS
A pretensão da cidade de Filadélfia (EUA) de oferecer acesso
sem fios à internet de forma subsidiada está em rota de colisão
com interesses comerciais, inclusive os da companhia telefônica
local, a Verizon. Um projeto de
lei, que foi desenvolvido por lobistas de companhias de telecomunicações e está sendo analisado pelo governador da Pensilvânia, almeja vetar o projeto de
acesso público Wi-Fi.
Além da Verizon, outras empresas intensificaram seus esforços,
nos últimos meses, para conter
iniciativas similares à da Filadélfia
-dezenas de cidades, de San
Francisco a Saint Cloud (Flórida),
já começaram a montar redes públicas wireless ou divulgaram planos relacionados. As companhias
de telefonia estão duplamente
preocupadas, pois centenas de cidades dos EUA já provêem acesso
subsidiado a seus habitantes.
"Nós queremos reduzir a desigualdade e beneficiar aqueles que
não podem ter acesso à internet",
diz Barbara Grant, porta-voz do
prefeito da Filadélfia.
Mas as operadoras de telecomunicações, cujos negócios já
têm sido atormentados por tecnologias como a voz sobre IP (que
permite fazer telefonemas via internet), dizem que projetos financiados pelo setor público representam concorrência desleal.
Segundo elas, o problema é que
o setor público pode investir com
os recursos da arrecadação de impostos, enquanto as empresas
têm de tomar empréstimos no
mercado, pagando juros. Outra
reclamação das companhias é
que, nos EUA, projetos de telecomunicações realizados pelo governo estão sujeitos a menos restrições regulatórias.
A prefeitura da Filadélfia pretende inaugurar o serviço público
em 2006 e promete dá-lo de graça
ou cobrar menos do que os US$
35 a US$ 60 mensais cobrados por
empresas privadas.
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