São Paulo, Quarta-feira, 02 de Junho de 1999 |
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Fique de olho nas campanhas ecológicas
free-lance para a Folha Uma das mais atuantes entidades ecológicas do mundo, o Greenpeace faz da rede um local perfeito para campanhas virtuais. Só no site brasileiro (www.greenpeace.org.br), o internauta pode escolher oito delas na página de abertura. As campanhas existem no mundo real também, mas vêm conseguindo cada vez mais adeptos na rede. Os temas são variados -Angra 2, alimentos transgênicos, geladeiras ecológicas e, é claro, a preservação das baleias. As campanhas são baseadas em uma espécie de corrente por e-mail. São cartas escritas pela ONG denunciando problemas e propondo soluções. Elas já são endereçadas para a autoridade responsável pela área. O internauta se soma à campanha assinando virtualmente a carta e enviando. Quanto mais assinaturas, mais a campanha chama a atenção. As cartas chegam aos ministros, congressistas e até mesmo ao presidente da República, pressionando por uma solução. Parece difícil, mas essa atitude vem apresentando resultados visíveis no mundo real. A campanha do Greenpeace pela construção do santuário de baleias do Atlântico Sul, por exemplo, mobilizou 12 cidades em busca de 50 mil assinaturas. O assunto já está sendo discutido em Brasília. Ciberativista A página Become a Cyber-Activist (seja um ativista digital), do Greenpeace internacional, com sede na Holanda, incentiva o internauta a colaborar com duas campanhas: uma para evitar a exploração de petróleo no oceano Ártico, na região do Alasca (EUA), e outra a favor do uso da energia natural renovável. A primeira campanha traz depoimentos de comunidades do Alasca que vêm notando mudanças na qualidade da água e do ar. O endereço da página é www.greenpeace.org/act!.shtml. Basta escolher qual campanha apoiar e clicar no link Act Now!. As tribos indígenas da região, que inclui parte do Canadá, também participaram da campanha do Ártico. As fotos da página mostram bem como o pessoal do Greenpeace age com suas bandeiras e faixas. Parques do Brasil Com um visual mais leve e um texto com menos exclamações, a World Wide Fund for Nature (WWF) do Brasil (www.wwf.org.br) também age na rede, e com competência. A campanha Proteja os Parques do Brasil (www.wwf.org.br/camp) está chegando ao Congresso Nacional com uma soma rica de e-mails assinados por participantes internautas. Eles pedem a aprovação imediata do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), projeto atualizado e corrigido pelo deputado federal Fernando Gabeira (PV/ RJ). Ao entrar na página, é só clicar na imagem da arara e seguir para a carta aos congressistas. É só assinar e mandar. Ela será lida por 39 parlamentares. Campanha por mais sites Uma página curiosa mostra como o ativismo ecológico na rede tem futuro. A ONG Green Solitaire catalogou centenas de sites de ativismo ecológico via Internet. É um festival de sites listados, dos mais diversos temas e organizações. O internauta pode ficar confuso, já que as listas de sites não estão em ordem alfabética. Veja em http://members.tripod.com/FrankR41/major.htm. No site é possível encontrar até uma página de proteção à anta, animal em extinção que ainda pode ser encontrado no Pantanal do Brasil. Veja como o clube de proteção do animal é atuante em www.tapirback.com/tapirgal. Mas não acaba por aí. Muitas campanhas também estão listadas em Take Action Now! (www.ecomall.com/activism/activism.htm), que peca pelo fraco visual e as letras apertadinhas. O melhor é visitar o Global Action Center (www.globalaction.org/display-alert-index.asp), para ver uma bonita página de incentivo à participação do internauta na ajuda ao meio ambiente. (ADRIANA LUTFI)
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