São Paulo, Quarta-feira, 02 de Junho de 1999
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Reconhecimento de voz evolui

especial para a Folha

A interface homem-máquina tem evoluído rapidamente. Das chaves no painel de um computador dos anos 40 aos terminais de vídeo atuais, finalmente a informática chegou à primeira interface ainda não disponível em outros meios de processamento da informação: o reconhecimento de voz.
Frequente em filmes e livros de ficção científica, a tarefa de fazer o computador entender o que uma pessoa fala foi tema do livro "Second Foundation" (1953), de Isaac Asimov.
Nesse livro, o autor se refere ao reconhecimento de voz em um futuro distante mais de 20 mil anos do presente. Menos de 50 anos depois, a técnica começa a se tornar realidade.
Longe de ser uma tarefa simples, o reconhecimento de voz tem de lidar não somente com o som das palavras quando pronunciadas com diferentes sotaques e entonações, mas também com o reconhecimento de palavras diferentes que têm o mesmo som, usando para isso o contexto da sentença.
Para essas operações, o reconhecedor de voz conta com dicionários bem extensos, contendo dezenas de milhares de palavras.
A complexidade dessas operações é revelada pela complexidade dos programas e das técnicas utilizadas para elas e pelo fato de os programas atuais ainda funcionarem com níveis de acerto ao redor dos 80%.
Enquanto não surge uma interface homem-máquina definitiva, em que o pensamento será captado e processado diretamente pelo computador e os resultados transmitidos de volta para o homem na forma de eventos sensoriais, o reconhecimento de voz promete ser nos próximos anos umas das principais interações entre ser humano e máquina.



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