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Reconhecimento de voz evolui
especial para a Folha
A interface homem-máquina
tem evoluído rapidamente. Das
chaves no painel de um computador dos anos 40 aos terminais de
vídeo atuais, finalmente a informática chegou à primeira interface
ainda não disponível em outros
meios de processamento da informação: o reconhecimento de voz.
Frequente em filmes e livros de
ficção científica, a tarefa de fazer o
computador entender o que uma
pessoa fala foi tema do livro "Second Foundation" (1953), de Isaac
Asimov.
Nesse livro, o autor se refere ao
reconhecimento de voz em um futuro distante mais de 20 mil anos
do presente. Menos de 50 anos depois, a técnica começa a se tornar
realidade.
Longe de ser uma tarefa simples,
o reconhecimento de voz tem de lidar não somente com o som das
palavras quando pronunciadas
com diferentes sotaques e entonações, mas também com o reconhecimento de palavras diferentes que
têm o mesmo som, usando para isso o contexto da sentença.
Para essas operações, o reconhecedor de voz conta com dicionários bem extensos, contendo dezenas de milhares de palavras.
A complexidade dessas operações é revelada pela complexidade
dos programas e das técnicas utilizadas para elas e pelo fato de os
programas atuais ainda funcionarem com níveis de acerto ao redor
dos 80%.
Enquanto não surge uma interface homem-máquina definitiva, em
que o pensamento será captado e
processado diretamente pelo computador e os resultados transmitidos de volta para o homem na forma de eventos sensoriais, o reconhecimento de voz promete ser
nos próximos anos umas das principais interações entre ser humano
e máquina.
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