São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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tecnologia

Propaganda acompanha movimentos do público

Telão consegue "ver" pessoas a até 4,5 metros e será colocado no saguão de hotéis da rede Hilton

KATE GREENE
DA "TECHNOLOGY REVIEW"

Uma revolução pode estar a caminho na área dos cartazes de propaganda. Em vez de simplesmente apresentar uma imagem estática, por que não permitir às pessoas interagir com os anúncios?
Essa é a idéia da Samsung, um gigante do setor de produtos eletrônicos, e da empresa de publicidade interativa Reactrix Systems. As duas empresas uniram-se para, até o final do ano, levar ao lobby de hotéis da cadeia Hilton telões interativos de 1,5 metro. Esses dispositivos conseguem "ver" pessoas de pé a até 4,5 metros de distância da tela; com gestos, o público pode disputar jogos, navegar por menus e usar mapas.

Mãos em ação
Com o sucesso em torno de produtos como o Wii, o iPhone e o Surface, da Microsoft, "as pessoas estão mais abertas e dispostas a interagir usando as mãos e os gestos", afirmou Matt Bell, cientista-chefe e fundador da Reactrix.
Fundada em 2001, a empresa de Bell já possui alguma experiência: nos dias atuais, seu assoalho interativo atrai um grande número de pessoas em shopping centers nos EUA.
A idéia básica do sistema da Reactrix, e mesmo em tecnologias baratas como o PlayStation Eye, da Sony, consiste em usar uma câmera para detectar o corpo de uma pessoa e então usar algoritmos computacionais de visão para interpretar aquelas imagens.
Os sistemas da Reactrix e da Softkinetic -outra empresa que atua nesse mercado- diferem do PlayStation Eye pelo fato de que gravam as informações em 3D e não apenas informações bidimensionais.

Como funciona
Nos modelos atuais, feitos pela Samsung, a empresa utiliza uma câmera estereoscópica com duas lentes. Perto da câmera fica uma luz infravermelha que projeta um molde invisível sobre a pessoa posicionada na frente da tela.
Cada lente captura o que se passa de um ângulo um pouco diferente e, com base na disparidade entre as duas imagens, o sistema consegue calcular distâncias com uma exatidão de frações de centímetro. Bell explicou ainda que o molde de luz projetado ajuda o sistema a ter maior precisão em ambientes de iluminação desigual.
Ao gravar as informações, a câmera joga-as automaticamente dentro de um processador especializado em analisar os dados referentes à profundidade de campo, evitando assim a utilização de softwares incapazes de rodar em uma velocidade suficientemente alta.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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