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Ativista diz que Wikipédia censura grupos de esquerda
DO "NEW YORK TIMES"
Richard Stallman, ativista do
software livre, causou desconforto na conferência anual da
Wikipédia, a Wikimania 2009.
Ele disse que a versão em espanhol do site anda restringindo
links a um site de esquerda, o
Rebelión (rebelion.org). A Wikipédia é uma "enciclopédia de
conteúdo livre que todos podem editar", segundo diz o slogan do site.
Stallman afirmou ainda que
os administradores da versão
em espanhol da Wikipédia pioraram as coisas ao banir aqueles que haviam reclamado da
suposta censura.
Damian Finol, um especialista em tecnologia da informação de Caracas, na Venezuela,
defendeu o site colaborativo e
alegou que a dificuldade para
pôr referências ao site de esquerda foi colocada porque o
link estava se propagando pelos artigos publicados, como
em um ataque de spam.
Stallman seguiu defendendo
sua posição chamando a declaração de "injusta" e alegando
que o Rebelión produz conteúdo próprio e não é somente um
agregador. Apesar disso, ele
ressaltou: "meu propósito não
é castigar a Wikipédia, é ter
uma discussão construtiva".
Um dos organizadores da
conferência, Patricio Lorente,
tentou amenizar os efeitos da
declaração. "Ele [Stallman] não
entende a dinâmica da Wikipédia em espanhol, não existe um
líder, as decisões são tomadas
com base no consenso", disse.
Lorente também afirmou
que o site de esquerda é apenas
um agregador e não produz
conteúdo próprio -"o link só
vai para a Wikipédia quando é
de conteúdo original". Ele também citou o exemplo de um
jornal de esquerda mexicano.
"Grande parte do material do
rebelion.org veio do "La Jornada", e nós temos 1.500 links
para esse jornal", completou.
"Esse não é um problema ideológico, é um problema de
spam."
Entrevistados, alguns dos administradores da versão em espanhol da Wikipédia disseram
que a maioria dos problemas
havia sido resolvida em consenso-como a decisão do jeito
de descrever o presidente venezuelano Hugo Chávez ou restringir o site Rebelión.
"A discussão mais acalorada
é sobre palavras que são ditas
de maneiras diferentes em várias partes do mundo", afirmou
Pedro Sanchez, matemático
mexicano. "Por exemplo, o dispositivo que move o cursor do
computador. Você o chama de
"mouse" ou "ratón". Na América
Latina, eles chamam de "mouse". Na Espanha, de "ratón'".
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