DA REPORTAGEM LOCAL

Escolher um PC portátil é diferente de selecionar um computador de mesa: além de custarem bem mais caro e trazerem menor possibilidade de expansão, as máquinas desse tipo, que são chamadas de laptops (em inglês, aparelhos que são apoiados no colo) ou notebooks (cadernos digitais), estão mais sujeitas a problemas de funcionamento, o que aumenta a importância da garantia oferecida pelos fabricantes.
Se na hora de comprar um computador "fixo" já é errado avaliar suas qualidades unicamente pela velocidade de comutação do processador (medida em MHz ou GHz), nos micros portáteis essa avaliação pode ser duplamente equivocada.
Além de nem sempre fazer diferença considerando as situações em que os laptops são empregados, o "clock" do processador pode ser enganoso ou prejudicial, pois chips muito rápidos podem gastar mais energia, reduzindo a autonomia da bateria instalada no portátil -para muitos usuários, a característica mais importante da máquina depois de seu peso.
Para evitar essa consequência, os modelos atuais trazem sistemas que reduzem a velocidade da CPU visando a diminuir o gasto de energia. É importante testar um modelo antes de adquiri-lo: embora os fabricantes afirmem que suas máquinas aguentam horas e horas com a energia da bateria, os números apresentados geralmente se referem a testes realizados no modo de economia, que desliga frequentemente o monitor e o disco rígido da máquina.
Quer dizer: na prática, um laptop utilizado intensamente tem autonomia menor.
Para medir a diferença, a Folha adotou o seguinte procedimento ao testar os cinco modelos avaliados nesta edição. A duração da bateria de cada um foi cronometrada enquanto a máquina era usada para tocar um CD de música, escrever um texto e navegar na internet, combinação de operações que reflete melhor a ação de um usuário médio. Embora os portáteis testados tenham características e preços diferentes, todos apresentaram aproximadamente a mesma autonomia -pouco mais de duas horas.



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