THÉO AZEVEDO
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Tron", filme de 1982 pioneiro no uso de recursos de computação gráfica, acaba de ganhar uma continuação, mas não nas telonas e sim em forma de game. Trata-se de Tron 2.0, um jogo de ação em primeira pessoa que no Brasil custa R$ 40, enquanto nos EUA é vendido por US$ 50.
Tron 2.0 é ambientado 20 anos após os acontecimentos do filme e coloca o jogador na pele de Jet, um jovem programador que, transportado para dentro do computador, precisa descobrir o paradeiro do pai, Alan Bradley, evitar uma conspiração que ameaça a realidade e dar um jeito de voltar à forma humana.
O trunfo de Tron 2.0 é dar formas à fantasia de fanáticos por tecnologia que imaginaram como seria entrar em um computador. Nessa realidade virtual, os arquivos ganham vida: entre os inimigos de Jet, há softs corrompidos ou sem os devidos algoritmos.
Tron 2.0 tem uma modalidade à parte, que consiste nas disputas de Light Cycle, uma espécie de motocicleta futurista. O objetivo é eliminar os demais competidores, encurralando-os com a trilha que a moto deixa por onde passa.
O visual colorido é outro diferencial de Tron 2.0 e caiu como uma luva para um game ambientado dentro do computador. A mistura de cores e tons torna ainda mais prazerosa a jogatina.
Tron 2.0, no final das contas, é um jogo que vale a pena, a começar pelo preço. As missões não são repetitivas, e os já citados recursos de melhoria das habilidades do personagem mantêm o desafio em alta, sem tornar o jogo cansativo. Fora os termos familiares do "informatiquês" frequentemente usados, como bits, bytes, vírus, rotinas etc.
Para jogar Tron 2.0, é necessário ter um Pentium III ou equivalente, 256 Mbytes de RAM, 2,4 Gbytes de disco rígido, placa de vídeo 3D de 32 Mbytes e sistema Windows.