São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2007

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Preço em queda, imagem em alta

Confira teste de câmeras digitais de até R$ 400, com resolução de 5 Mpixels e bons recursos para amador

Ayrton Vignola/Folha Imagem
Modelos testados são de marcas menos tradicionais, que oferecem preço mais baixo e possibilitam imprimir fotos de 28x35 cm

CAMILA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer fotos digitais de alta resolução, que podem ser impressas em tamanhos grandes, está cada vez mais barato. O preço médio das câmeras digitais caiu 8% neste ano, segundo estudo da consultoria GfK.
Com isso, muitas marcas menos tradicionais em fotografia estão investindo nesse mercado, oferecendo câmeras de baixo custo e boa resolução.
O valor médio dos modelos de 5 Mpixels, resolução adequada para um fotógrafo amador, baixou 30% -o preço diminuiu de R$ 809 em agosto de 2006 para R$ 570 no mesmo mês deste ano.
Mas é possível preços ainda melhores: nesta edição, a Folha testou cinco câmeras com essa resolução que custam menos de R$ 400. Lançadas nos últimos dois meses, esses modelos oferecem diversos recursos, como ajuste de sensibilidade à luz, estabilizador de imagem e software para edição das fotos produzidas.
Com os arquivos das fotos, o usuário pode imprimir em tamanhos de até 28x35 cm ou montar um fotolivro, versão digital dos tradicionais álbuns de fotografia.

Iniciantes
A disputa pelo fotógrafo de primeira viagem está cada vez mais acirrada.
"O nosso público principal é aquele que privilegia primeiramente o preço e que está comprando sua primeira máquina digital", define Eliane Silva, gerente de produto de câmeras digitais da Mirage.
O foco de venda é compartilhado pela Mitsuca e pelos distribuidores Opeco e BMA, que é responsável pela marcas de entrada Sunfire e Tron, que participam do teste.
Segundo o consultor Bernardo Tinoco, da GfK, o número de fabricantes de digitais cresceu 25% em relação ao mesmo mês do ano passado.
"Atualmente, o consumidor pode escolher entre mais de 350 modelos de 35 marcas diferentes", diz.
Apesar de seduzidos principalmente por preços mais baixos e boas condições de pagamento, os consumidores que buscam esse tipo de câmera começam a ficar mais exigentes. Conferem, por exemplo, características como estabilizador de imagem e o tamanho do visor de cristal líquido -as vendas de câmeras com LCD de 2 a 2,5 polegadas já totalizavam em março último 47% do mercado, contra 13% no ano passado.

Mercado cinza
O mercado cinza, em que se vendem produtos de origem duvidosa por um valor muito inferior ao dos que são importados legalmente, era o grande concorrente das marcas menos conhecidas até o ano passado.
Graças às condições de financiamento atualmente oferecidas pelas cadeias tradicionais, esse cenário está mudando.
Cerca de 14% das câmeras vendidas em agosto último foram comercializadas no mercado cinza; boa parte desse volume esteve concentrada nas linhas sofisticadas.
Com a entrada das grandes redes de varejo na distribuição de câmeras de baixo custo, usuários de máquinas analógicas podem entrar no mundo digital pagando seu produto em inúmeras parcelas, com valores bem baixos.

43%
foi o aumento das vendas de câmeras digitais no mercado formal brasileiro no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006. Os dados são do instituto GfK


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