São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2007

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Sites sociais misturam um pouco de tudo

CARAMELO Com recursos multimídia e novos nichos de interesse, comunidades ampliam serviços e vêem a sua audiência crescer

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é uma coisa nem outra, mas é tudo ao mesmo tempo. As novas comunidades virtuais enterram o conceito de um catálogo de gente para apostar na interatividade e nos recursos multimídia, tornando cada vez mais difícil uma identificação precisa dos membros dessa categoria.
Você cria o seu perfil pessoal, contando sobre seus gostos e preferências, ao mesmo tempo que escreve um diário on-line, publica as fotos das últimas férias e divulga o vídeo da reunião que fez em casa. Seus amigos acompanham tudo isso e ainda trocam mensagens com você, podendo até bater um papo ao vivo; tudo se mistura nesse caldeirão.
A complexidade desses sites começou a se refletir na audiência: saem os pré-adolescentes e entram os jovens adultos. Segundo a empresa de pesquisas Hitwise, em fevereiro, 41% dos visitantes do MySpace tinham 35 anos ou mais. Há três anos, 62% dos membros do Facebook tinham entre 18 e 24 anos; hoje, a fatia equivale a menos da metade.
A participação se espalha pelas faixas etárias da mesma forma que se ampliam os números de usuários. Ainda de acordo com a pesquisa da Hitwise, as 20 comunidades mais populares viram sua visitação subir 11,5% de janeiro para fevereiro deste ano.
Esse grupo das 20 mais responde por 6,5% de todo o tráfego da internet, o que o torna tão competitivo quanto os grupos de sites que oferecem serviços de buscas, compras on-line, e-mail e conteúdos específicos.
Os números indicam que dispor de uma maneira de estar em contato com outras pessoas é tão necessária quanto qualquer outra atividade que possa ser desempenhada on-line.
O intuito dessa conexão vai do simples contato à busca por emprego, passando pela procura de pessoas que compartilhem os mesmos interesses e pelo uso da internet como forma de entretenimento, âmbito em que a rede chega a rivalizar com a televisão.
"Não acredito que as redes sociais tenham atingido um ponto de saturação. As pessoas continuam a encontrar maneiras de utilizá-las e de integrá-las às suas atividades on-line", disse a diretora de pesquisa da Hitwise, LeeAnn Prescott, em entrevista à Reuters, ressaltando que o crescimento desses sites se mantém há cerca de três anos.


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