BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

No que depender da exposição Game Show, fãs de videogames já podem considerá-los uma forma de arte: a mostra, que está em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Massachusetts, nos EUA, reúne vários jogos de computador que se destacam pelo visual inusitado.
Visitando o site do museu (www.massmoca.org/visualarts/index.html), é possível se divertir com vários deles, que estão agrupados na seção Net Games. O jogo "Pencil Whipped", por exemplo, imita o estilo de games 3D violentos, como "Doom" e "Quake", mas traz um diferencial curioso: todos os sons do jogo foram "cantados" por seu criador, que também desenhou os cenários e personagens a caneta, sem usar programas especiais.
"SOD" é uma aventura tridimensional que segue outro estilo: o objetivo é atravessar ambientes virtuais extremamente simples, cuja nitidez confunde os olhos do jogador. Por isso mesmo, o game pode irritar alguns usuários.
Se for esse o seu caso, experimente o jogo "Trigger Happy", que também está disponível no site da exposição e imita o clássico "Space Invaders" de modo sarcástico: em vez de derrubar naves alienígenas, o jogador alveja palavras de um texto do filósofo Michel Foucalt, que -surpreendentemente- mantém algum sentido mesmo quando cortado.
Também vale a pena brincar com "The Intruder", game com dez níveis supostamente inspirado no conto "O Intruso", do escritor Jorge Luis Borges.
A relação literária nem sempre é evidente (a primeira tela do game, por exemplo, imita o simplório jogo "Pong", em que o objetivo é rebater uma bola), mas os níveis são bem variados.
O jogo exige o "Shockwave Player", mas, se o micro não tiver esse plug-in, a instalação será feita automaticamente.
Dos games apresentados na exposição, "Jackpot" é o mais ligado à internet: com os cliques do mouse, o jogador controla um caça-níqueis virtual que mostra telas de sites cujos endereços terminam em .com, .org e .net.


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