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Brasil também tem tecnologia
DA REPORTAGEM LOCAL
Os laboratórios brasileiros que
estudam o código genético de seres vivos também trabalham com
computadores potentes. No Estado de São Paulo, universidades
como USP e Unicamp contam
com laboratórios de bioinformática comparáveis aos dos institutos que pesquisaram o genoma
humano ao redor do mundo.
O Instituto Ludwig, de São Paulo, estuda atualmente o genoma
humano do câncer e também
conta com laboratórios avançados.
Segundo o professor João Carlos Setúbal, da Unicamp, o maior
problema encontrado na bioinformática é a memória RAM, não
a velocidade do processador. Os
dados precisam ser carregados na
memória para que a ordem correta das bases no DNA seja estabelecida -a leitura em disco rígido
levaria muito mais tempo.
A bactéria Xylella fastidiosa foi
o primeiro ser vivo a ter ser seu
mapa genético decodificado no
Brasil. Foi o primeiro genoma sequenciado fora do eixo Estados
Unidos-Europa-Japão.
Laboratórios de todo o Estado
de São Paulo estiveram interligados pela Internet, utilizando conexões de alta velocidade, para
realizar a montagem de cerca de 3
milhões de bases que formam a
estrutura genética da bactéria.
Mas nem só computadores superpotentes auxiliaram a pesquisa. Máquinas com processadores
Pentium e sistema operacional
"Linux" também realizaram sequenciamento parcial de genes.
Setúbal alerta para o fato de que
os computadores são utilizados
apenas para fazer previsões do
conteúdo do DNA. "Não dá para
ter certeza de que o gene existe e
produz uma certa proteína".
Segundo ele, os componentes
da molécula de DNA só podem
ser reconhecidos com exatidão
com testes em laboratório.
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