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FOTOGRAFIA
Turista brasileiro pode trazer na mala produtos com valor total de até US$ 500 sem pagar impostos
Câmera digital sai por US$ 300 nos EUA
DA ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK
Fotógrafos amadores em viagem de férias que estejam em Manhattan e queiram comprar sua
primeira câmera digital podem
sacar de seus bolsos até US$ 300.
Por esse preço, dá para comprar
uma boa máquina com flash,
zoom (que permite aproximar ou
distanciar o objeto fotografado) e
memória para guardar até 88
imagens. A reportagem da Folha
percorreu a cidade e foi a quatro
lojas importantes onde o consumidor americano adquire produtos de informática e fotografia.
Todas emitem nota fiscal.
A idéia foi pesquisar câmeras
cujo preço não ultrapassasse os
US$ 300 (cerca de R$ 550). São
equipamentos sem muita sofisticação, mas que resolvem a vida de
um fotógrafo amador que busca
uma câmera simples. Se gostar da
experiência, mais tarde você pode
fazer um investimento maior e
adquirir uma câmera com muito
mais recursos, como maior resolução e capacidade de armazenamento.
Lembre-se de que, para trazer
qualquer eletroeletrônico em viagens internacionais, o limite da
Receita Federal é US$ 500. É preciso ainda anexar nota fiscal eletrônica.
Outra dica: nada adianta comprar pelos sites das lojas, porque
adquirir produtos desse gênero
via Internet implica pagar imposto de importação.
Nas lojas de informática -como CompUSA e Staples-, os
modelos de menor preço encontrados na semana passada custavam US$ 299,99.
A primeira loja visitada foi a
J&R (próxima à Prefeitura de Nova York, City Hall -você pode ir
de metrô, ônibus ou táxi). A J&R
é um complexo comercial, que
abre todos os dias. Fica na Park
Row, 23, e as seções são divididas
por dez lojas. No domingo à tarde, os vendedores contavam os
minutos que faltavam para encerrar o expediente (às 18h30). Se você disser que quer uma máquina
que custe menos de US$ 300, a
qualidade do atendimento cai.
O atendente dirá que os produtos com esse preço estão na vitrina, e que, se o consumidor quiser,
pode pegar um catálogo e se virar.
Caso você mude de idéia e peça
uma máquina de US$ 499,99, aí,
sim, ele abrirá um largo sorriso,
pegará a câmera com gosto e
mostrará seus recursos.
Na tarde do último domingo de
junho, só havia duas marcas disponíveis, Fuji e Olympus (leia
quadro ao lado).
Na CompUSA, que tem dois endereços elegantes em Manhattan
-5ª avenida, entre as ruas 37 e 38,
e rua 57 com a Broadway-, tem
atendimento fraco. Os vendedores indicam a localização do estande e largam o consumidor a
ver navios na frente das câmeras.
Na tarde de 29 de junho, na loja da
Broadway, havia a Olympus D-360L e a PhotoPC 650, da Epson.
Na 5ª avenida havia mais opções.
A Staples tem seis endereços em
Manhattan. Na loja localizada na
6ª avenida com a 57 West, o atendimento foi razoável no último
dia 26 (segunda-feira). Havia apenas dois modelos de até US$ 300,
mas o vendedor teve disposição
de explicar as diferenças entre as
duas marcas. Quis convencer a reportagem, no entanto, de que investir em câmera de US$ 500 era a
melhor opção.
A B&H é a loja mais fora de mão
da cidade (9ª avenida com rua
33). Dá para ir, porém, de metrô
ou de ônibus. Os donos são judeus ortodoxos e, curiosamente, a
maioria dos vendedores usa kipá
(solidéu).
É especializada em fotografia, e
o atendimento é bom. Tem um
defeito: não abre aos sábados. E,
às sextas, fecha às 14h.
(MARIJÔ ZILVETI)
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