UOL


São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OS MALES DA INTERNET

Usuário pode se defender de spams com softwares apropriados sem colocar a mão no bolso

Soft anti-spam vira luz no fim do túnel

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Faça um teste: abra o seu e-mail e veja quantas mensagens são indesejáveis, spams. Atualmente, provedores brasileiros indicam que 50% dos e-mails que chegam são lixo. Pior, a consultoria americana Gartner indica que o número deverá subir para 60% no ano que vem. A saída para o internauta se precaver do problema é a instalação de um software anti-spam no seu PC, além de usar um provedor com filtros automáticos.
Como virar alvo de spam é questão de preencher uma ficha de cadastro em um site, o usuário pode perder muito tempo de conexão com o problema. Só o Yahoo! Brasil diz que o tráfego de spams atinge picos de 1 bilhão por dia. O desestímulo é tão que grande que uma pesquisa da Pew Internet & American Life Project revela que 25% dos americanos ouvidos confirmaram que reduziram o uso do e-mail devido às mensagens indesejadas.
Para combater o problema, existem alternativas para todos os gostos e bolsos. A ferramenta mais popular é o gratuito MailWasher (www.mailwasher.net). O software utiliza uma lista de remetentes indesejados, os blacklists, em conjunto com a detecção de palavras-chave típicas de spam. A versão Pro, que pode ser utilizada até mesmo com o Hotmail, custa US$ 29,95.
O também gratuito Mozilla Mail (www.mozilla.org), software de correio do navegador de internet Mozilla, já vem com anti-spam. O usuário precisa apenas filtrar as mensagens como lixo pelo botão limpar. Nas próximas vezes que chegar um e-mail com as características da opção assinalada anteriormente, o programa se encarrega de eliminá-lo sem a interferência do usuário.
Um dos destaques entre as ferramentas testadas pela Folha foi o recém-lançado Spamnet (www.cloudmark.com/products/spamnet) para Outlook Express. O produto da Cloudmark utiliza uma lista de spammers, a blacklist, atualizada por uma rede nos moldes da de troca de arquivos (P2P) para filtrar os e-mails. Cada vez que um usuário do software assinalar um remetente como spam, a informação é compartilhada para outros clientes da empresa. A novidade ainda está em fase de testes e pode ser utilizada livremente. O software só funciona nas versões cinco e seis do programa de correio gratuito da Microsoft.
Para quem está disposto a colocar a mão no bolso, o Symantec Norton AntiSpam 2004 é uma opção (www.symantec.com.br). A novidade que chegou no final de outubro no Brasil traz uma tecnologia inédita para contabilizar o que é ou não spam. Ela avalia os e-mails por meio de um banco de dados elaborado de acordo com as mensagens que o usuário escreve. Medida que diz evitar o bloqueio de mensagens autênticas porque leva em consideração o que o seu usuário envia para a rede por correio eletrônico.

Legislação
O vereador paulistano Antonio Goulard (PMDB) propôs à Câmara Municipal no dia 28 de outubro um projeto de lei contra spam. O documento de sigla PL-669/2003 sugere que os provedores de internet tenham um cadastro especial dos seus assinantes. Qualquer usuário que estiver cadastrado poderá fazer uma denúncia de spam a sua subprefeitura. A penalidade ao autor das mensagens varia de R$ 200 a R$ 400. Segundo Renato Opice Blum, o projeto não será aprovado pela Câmara. Ele justifica que somente o executivo federal pode discutir o tema. (ALEXANDRE MANDL)


Texto Anterior: Conheça alguns antivírus para o seu PC
Próximo Texto: Confira alguns softs para evitar e-mail indesejado
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.