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reportagem de capa
Venda direta requer atenção redobrada
DESCONFIE Em sites como o Mercado Livre, comprador deve perguntar tudo e analisar as avaliações de outros usuários
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes de bater o martelo em
um site de leilões (que também
fazem venda direta, com preço
definido) conheça o perfil do
vendedor. Quem faz uma compra nesse tipo de site deve depois avaliar a transação, com
qualificação positiva ou negativa -além de deixar um comentário sobre o processo. São nos
vendedores mais conhecidos e
bem avaliados que o usuário
deve apostar, diz Marco Aurélio Brasil, gerente jurídico do
Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br), o maior site
brasileiro do tipo.
Para Brasil, as cautelas nos
sites de venda direta são diferentes das de lojas on-line.
"Deve-se usar e abusar do sistema de perguntas para o próprio vendedor: se o equipamento funciona em 110 V ou
220 V, se é compatível com o
que o comprador tem em casa."
"O comprador deve evitar o
pagamento antecipado", diz
Brasil. "O pagamento só com a
entrega pelos Correios é útil,
mas pode dar problema. O conteúdo da caixa pode ser outro",
adverte o gerente jurídico.
Os Correios oferecem um
serviço chamado Sedex a cobrar, em que quem recebe a encomenda paga um preço estipulado pelo remetente, que recebe o valor por vale postal. Só
que o destinatário não pode
abrir e manipular o produto
antes do pagamento.
"O comprador só deve fazer
depósito em uma conta com o
mesmo nome do vendedor e
evitar pagar em contas do tipo
poupança, mais suscetíveis a
fraude", diz Brasil.
Ele sugere que, para maior
segurança, o usuário deve optar pelo Mercado Pago, serviço
em que o site faz a intermediação do pagamento, entre outros benefícios, mordendo uma
taxa sobre o valor negociado.
Usando esse serviço, o comprador paga ao Mercado Livre, que
retém o valor e só o libera depois de autorização do cliente
ao receber o produto.
"Com a adoção do Mercado
Pago, caiu muito o número de
tentativas de fraudes no site.
Hoje, só duas em cada 10 mil
transações são malsucedidas
no Mercado Livre", afirma.
Concorrente
O portal UOL, ligado ao Grupo Folha, lançou neste ano o
site de leilões TodaOferta
(todaoferta.uol.com.br).
O site tem um sistema de refino de buscas mais fácil de mexer que o do Mercado Livre,
mas, em ambos, os critérios
possíveis, como localidade, tipos de pagamento ou faixa de
preço, são bastante amplos.
No TodaOferta, é possível fazer o pagamento por um sistema parecido com o Mercado
Pago: o PagSeguro.
Na página, também dá para
conversar com o vendedor, se
ele estiver disponível, em um
chat no local. Porém, como o
sistema é mais recente que o
MercadoLivre, não é difícil encontrar vendedores com poucas ou nenhuma qualificação.
Pirataria
Em ambos os portais, não é
raro encontrar produtos piratas e com origem suspeita. Apesar das pechinchas encontradas nos serviços, a recomendação é a mesma: fuja de preços
excessivamente baixos.
(GVB)
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