São Paulo, quarta-feira, 06 de maio de 2009

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Plataforma aberta é trunfo do site

DA REPORTAGEM LOCAL

O hype em torno do Twitter é maior que a realidade. A ferramenta ainda é bem pequena e, antes de a apresentadora Oprah Winfrey se juntar ao microblog, apenas 8% dos norte-americanos entre 18 e 34 anos disseram usar a ferramenta.
Além disso, os usuários não costumam voltar muito ao site, aponta Steve Rubel, diretor de insights da Edelman Digital.
"Isso me leva a crer que o Twitter está atingindo um ponto alto porque atraiu a maioria das pessoas que quer viver em público. O Facebook, por sua vez, permite mais intimidade", disse à Folha Rubel, que é uma espécie de analista de tendências sobre o futuro da tecnologia.
Ele acredita que o microblog deva crescer bruscamente por seis a nove meses e, depois disso, ficar em nível estável. O que deve atrair mais usuários é a possibilidade de postar a partir de múltiplas plataformas -via internet, aplicativos e celulares. E, também, a possibilidade de construir uma comunidade lá dentro.
Rubel aponta, também, os contras do Twitter. "É difícil acompanhar as conversas, há muito barulho, confusão, desordem. E, em alguns casos, tudo se torna muito breve."
Apesar do burburinho, o Twitter ainda não dá dinheiro significativo para seus criadores. E, para Rubel, é difícil conseguir somas significativas porque usuários de internet são muito instáveis -usam assiduamente um serviço e, pouco tempo depois, migram para outro.
O que o Twitter já fez, no entanto, foi construir uma plataforma que desenvolvedores adoram -não é à toa que existem diversos sites inspirados nele.
"Se eles investirem nesse ecossistema, mudam o jogo. De repente, o Twitter não é mais um site. De preferência, se torna o primeiro sistema operacional da rede", diz.
O Twitter será para comunicação on-line o que a Microsoft é para os PCs, a Apple e a BlackBerry para os telefones celulares e o Google, para as buscas, acredita ele.
O investimento na plataforma fará com que o Twitter não se preocupe com o mercado de publicidade, sempre cíclico, nem com os consumidores volúveis. Quem quiser ser o próximo Twitter, portanto, terá que fazer uma ferramenta aberta para desenvolvedores.
"Marqueteiros têm que abraçar a ideia de que seus compartilhamentos e suas informações, mais do que sua marca, se tornarão a maneira principal de tomarmos decisões. As principais recompensas irão para aqueles que abraçarem mais comunidades e participarem delas com credibilidade", diz. (DA)


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