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Plataforma aberta é trunfo do site
DA REPORTAGEM LOCAL
O hype em torno do Twitter é maior que a realidade. A
ferramenta ainda é bem pequena e, antes de a apresentadora Oprah Winfrey se
juntar ao microblog, apenas
8% dos norte-americanos
entre 18 e 34 anos disseram
usar a ferramenta.
Além disso, os usuários
não costumam voltar muito
ao site, aponta Steve Rubel,
diretor de insights da Edelman Digital.
"Isso me leva a crer que o
Twitter está atingindo um
ponto alto porque atraiu a
maioria das pessoas que quer
viver em público. O Facebook, por sua vez, permite
mais intimidade", disse à Folha Rubel, que é uma espécie
de analista de tendências sobre o futuro da tecnologia.
Ele acredita que o microblog deva crescer bruscamente por seis a nove meses
e, depois disso, ficar em nível
estável. O que deve atrair
mais usuários é a possibilidade de postar a partir de múltiplas plataformas -via internet, aplicativos e celulares. E, também, a possibilidade de construir uma comunidade lá dentro.
Rubel aponta, também, os
contras do Twitter. "É difícil
acompanhar as conversas, há
muito barulho, confusão, desordem. E, em alguns casos,
tudo se torna muito breve."
Apesar do burburinho, o
Twitter ainda não dá dinheiro significativo para seus
criadores. E, para Rubel, é difícil conseguir somas significativas porque usuários de
internet são muito instáveis
-usam assiduamente um
serviço e, pouco tempo depois, migram para outro.
O que o Twitter já fez, no
entanto, foi construir uma
plataforma que desenvolvedores adoram -não é à toa
que existem diversos sites
inspirados nele.
"Se eles investirem nesse
ecossistema, mudam o jogo.
De repente, o Twitter não é
mais um site. De preferência,
se torna o primeiro sistema
operacional da rede", diz.
O Twitter será para comunicação on-line o que a Microsoft é para os PCs, a Apple
e a BlackBerry para os telefones celulares e o Google, para
as buscas, acredita ele.
O investimento na plataforma fará com que o Twitter
não se preocupe com o mercado de publicidade, sempre
cíclico, nem com os consumidores volúveis. Quem quiser ser o próximo Twitter,
portanto, terá que fazer uma
ferramenta aberta para desenvolvedores.
"Marqueteiros têm que
abraçar a ideia de que seus
compartilhamentos e suas
informações, mais do que
sua marca, se tornarão a maneira principal de tomarmos
decisões. As principais recompensas irão para aqueles
que abraçarem mais comunidades e participarem delas
com credibilidade", diz.
(DA)
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