São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

tecnologia

Esquilo mecânico é ferramenta de cientista

DA ASSOCIATED PRESS

Um esquilo cinza, com a cauda peluda balançando, grunhiu um sinal de alerta para um outro que procurava comida perto dele. Seria mais um dia comum de primavera na Faculdade Hampshire, não fosse o fato de o roedor responsável pelo aviso alimentar-se de ampères, não de castanhas.
Batizado de Rocky, o esquilo-robô vem tentando viver entre os esquilos de verdade de Hampshire, controlado por pesquisadores postados a vários metros de distância e armados de laptop e binóculos.
Sarah Partan, professora-assistente na área de comportamento animal, espera que, ao registrar o comportamento dos esquilos de forma tão próxima, na natureza, Rocky ajude a equipe dela a decodificar as técnicas de comunicação, os traquejos sociais e os instintos de sobrevivência dos esquilos.
Rocky inclui-se no grupo de criaturas robóticas que, em várias partes do mundo, ajudam os cientistas a observar os animais em seu habitat natural, e não nos laboratórios. O objetivo é tentar compreender como os animais funcionam em grupo, cortejam parceiros, intimidam rivais e avisam aliados a respeito de perigos iminentes.

Lagarto e baratas
Em Indiana, por exemplo, um lagarto artificial exibe um comportamento agressivo enquanto os pesquisadores trabalham para descobrir quais ações intimidam e quais atraem os lagartos de verdade.
Ao mesmo tempo, em Bruxelas, falsas baratas embebidas em feromônio fazem com que os insetos verdadeiros saiam de seus esconderijos escuros. Na Califórnia, uma minúscula câmera de vídeo colocada dentro de uma gansa selvagem de mentira grava em detalhes as manobras de cortejo feitas pelos machos especialmente promíscuos da espécie.
A utilização de animais falsos para observar de perto os animais verdadeiros é tão recente que poucas empresas vendem ou fabricam tais ferramentas. Muitos dos cientistas que usam os duplos de animais modificaram bichos de brinquedo ou, como no caso de Partan e dos alunos dela, montaram seu próprio animal de mentira, valendo-se de pequenos motores, circuitos e outros materiais.
Os movimentos feitos por Rocky são controlados por meio de programas simples de computador, e o animalzinho conta com pequenos alto-falantes embutidos que tocam gravações compradas por Partan de uma biblioteca de sons da Universidade Cornell.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO

LEIA MAIS em www.folha.com.br/circuitointegrado



Texto Anterior: Imagem digital: Videocâmera promete unir dois mundos
Próximo Texto: Teste USP: Novo antivírus Norton 360 é fácil de usar
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.