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Lévy e Gil debatem a cibercultura
CARLOS MINUANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM SANTOS
O que foi a cibercultura
e o que será dela no futuro? Para arriscar previsões, o evento Cibercultura 10+10 reuniu em Santos, na semana passada, o
filósofo Pierre Lévy, o músico Gilberto Gil e pesquisadores do tema. O encontro também marcou os dez
anos do lançamento da
edição brasileira de "Cibercultura", de Lévy (editora 34, 264 págs, R$ 38).
A emergência das periferias não apenas geográficas, mas de ideias, foi
apontada como uma das
vertentes da internet que
devem ganhar força. "A rede não tem centro, sua dinâmica está nas pontas, no
PC de cada um, onde jovens se encontram para
criar novas aplicações",
afirma o sociólogo Sérgio
Amadeu.
Para Pierre Lévy, o que
deve prevalecer é o diálogo
entre culturas. "Precisamos compreender que fazemos parte da mesma humanidade". Ele ressalta
que não se sente no centro
ou na periferia. "Por que
não imaginar uma grande
civilização da consciência
coletiva?", questiona.
As investidas contra a liberdade na rede também
ganharam os holofotes.
Entre os exemplos citados, foram destacadas a lei
Azeredo que, se aprovada,
mudaria o uso da internet
no país; a chamada lei Sarkozy, que passa a valer na
França em 2010; a disputa
nos EUA entre operadoras
por controle de fluxos de
informação, restringindo
aplicações e conteúdos; e a
proibição na Alemanha do
programa Tor, que permite o anonimato na rede.
O músico e ex-ministro
Gilberto Gil repassou seu
repertório influenciado
pela tecnologia e liberou
tudo para remix durante
uma oficina de criação interativa com ferramentas
de gravação em software
livre.
Downloads de imagens,
falas e canções gravadas
nos dois dias do evento podem ser feitos no site do
encontro (www.cpflcultura.com.br).
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