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Pirataria ainda supera vendas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A troca ilegal de músicas pela
internet supera a venda legal em
alguns países do mundo. É o que
dizem os dados divulgados na semana passada pela International
Federation of the Phonographic
Institute, um grupo que representa as gravadoras pelo mundo.
A queda nas vendas em todo o
planeta foi de 11%, atingindo um
total de US$ 12,7 bilhões, contra
US$ 14,2 bilhões no mesmo período do ano passado. O motivo seria a troca de arquivos pela rede.
É esse o cenário que o Napster
vai encontrar quando reativar as
operações -previstas para ocorrer amanhã-, bem diferente daquele presenciado em julho de
2001, quando uma decisão judicial o obrigou a sair do ar.
Como agora terá de cobrar dos
usuários, é provável que passe a
sentir na pele o efeito dos down-
loads feitos via redes P2P. Além
disso, desta vez terá de enfrentar
concorrentes.
O iTunes Music Store (www.apple.com/itunes) vende cada
faixa por US$ 0,99. O acervo do site conta com mais de 200 mil músicas, mas o programa só funciona em máquinas Macintosh.
Os concorrentes diretos do
Napster devem ser o BuyMusic
(www.buymusic.com), que cobra US$ 0,79 por download, e o
MusicMatch (www.musicmatch.com), que cobra US$ 0,99. Ambos
oferecem mais de 300 mil músicas. O Napster promete 500 mil títulos, a US$ 0,99 cada um.
A empresa Big Champagne
(www.bigchampagne.com), com
sede em Beverly Hills, Califórnia,
vê o compartilhamento de MP3
na rede como uma espécie de pesquisa refinada sobre tendências e
hits em potencial do mercado fonográfico americano.
A empresa cruza números de IP
(a carteira de identidade de um
computador) com códigos de
área nos Estados Unidos. Por
meio do IP, o software da empresa identifica a localização do computador que está baixando determinada música, comparando sua
média de downloads em uma cidade com as vezes que a mesma é
tocada em rádios.
Gerenciando uma média de 50
milhões de downloads diários nos
EUA, a Big Champagne presta
consultoria para agentes, empresários e executivos de gravadoras,
para que tentem entender o fenômeno P2P.
(FB)
Colaborou Alexandre Matias, free-lance para a Folha
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