HENRIQUE MARTIN
da Reportagem Local

Tirar uma foto e, em vez de levar o filme para revelar, transferir a imagem na mesma hora para o computador e enviá-la por e-mail. As câmeras digitais estão por todos os lugares e, com novos modelos surgindo a cada dia, futuramente podem vir a aposentar as máquinas convencionais.
Mas o que fazer para comprar uma câmera digital? É necessário entender um pouco da linguagem delas para dominá-las. A Folha preparou um guia para entender essas maquininhas.
O ponto principal das câmeras digitais é a sua resolução. O número de pontos na vertical e na horizontal por foto (ou pixels) é o responsável pela boa ou má qualidade das imagens formadas.
Quanto maior o número de pontos por imagem (como 1.600 X 1.200 pontos), melhor a qualidade final da foto -e, por consequência, o preço será maior.
Quanto menor o número de pixels, como 480 X 360 pontos, menos resolução a foto terá.
Aqui entra um ponto importante. A maioria das câmeras tem a resolução variável de padrão (baixa, média e alta). Essa resolução interfere no número de fotos que a máquina pode tirar.
Em uma máquina como a Sony Mavica MVC-FD91, a resolução intermediária é de 640 X 480 pontos, com a qual é possível gravar 40 imagens em um disquete. Com a resolução máxima (1.024 X 768 pontos), cai para 16 o número de fotos gravadas.
Os fabricantes costumam colocar nas embalagens que a máquina gera imagens com 1,5 megapixel -não se engane. Megapixel significa milhão de pixels, ou seja, teria 1,5 milhão de pixels. É só um número a mais para dizer que a definição das imagens é melhor.
O modo como a máquina digital armazena os dados na memória também é importante. A maioria delas usa cartões de armazenamento removíveis associados à memória interna do equipamento.
A quantidade de fotos graváveis na memória varia de cartão para cartão, e alguns fabricantes usam padrões diferentes. Muitas máquinas, como a Agfa ePhoto CL30, vêm com 4 Mbytes, o que permite, nesse caso, gravar até 36 fotos com resolução média.
Como os cartões de memória são removíveis, é possível aumentar a capacidade de armazenamento da máquina. No mercado, há cartões de 2 Mbytes a 32 Mbytes.
A exceção, nesse caso, fica por conta dos modelos Mavica da Sony. Em quase toda a linha, as imagens são gravadas em disquetes normais. Basta fotografar e colocar o disquete no micro para poder mandar pela Internet ou imprimir as fotografias.

Cabos
Para transferir as fotos para o computador, é necessário um cabo (do tipo serial ou do tipo USB -Universal Serial Bus, que transfere dados mais rápido) ou uma porta (slot) especial no computador para o cartão de memória.
Com o cabo ligado ao micro, basta transferir os dados e gravar as fotos no computador (leia texto nesta página).
Já a Epson PhotoPC 750Z traz uma novidade: para imprimir a foto, o usuário pode ligar a máquina diretamente a uma das impressoras da marca (a partir do modelo Stylus Color 600), sem precisar usar o computador para transferir a imagem.

Zoom
Outro ponto importante que pesa na hora da compra de uma câmera digital é se ela tem ou não zoom, e se ele é digital ou ótico.
O zoom ótico é o zoom real, feito pela lente da câmera fotográfica, que aproxima ou afasta o objeto a ser fotografado. A resolução do zoom ótico é melhor.
Na Nikon Coolpix 800, por exemplo, o zoom ótico é de duas vezes. Nesse modelo, o zoom equivale a uma lente 38-76 mm (plano aberto a aproximação) de uma máquina 35 mm.
Já o zoom digital congela a fotografia já tirada e aproxima os elementos digitalmente. Na Coolpix 800, o zoom digital é dividido em quatro posições: 1,25x, 1,6x, 2x e 2,5x.
Há ainda outros fatores que pesam na hora da compra de uma digital: baterias, se ela tem monitor para ver as fotos ou não, economizador de energia, foco automático ou fixo, gravação de pequenos clipes ou áudio e, é claro, o preço final.


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