São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2010

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Mercado de tecnologia ataca com produtos "transformers"

DO ENVIADO ESPECIAL

Uma tela que se desdobra e vira notebook. Um leitor de e-books que faz ligações telefônicas. Um laptop educacional que vira prancheta digital -e com potência nada infantil. Na Cebit, os produtos eram mais do que máquinas híbridas e com várias funções. Encarnavam verdadeiros mutantes, a exemplo dos transformers, os carros-robôs do cinema.
Nesse clube, há desde modelos conceituais, sem previsão para serem fabricados em massa, até soluções prontas para chegar às lojas.
Um exemplo é o B'ook, da quase desconhecida companhia 1Cross. A empresa chinesa juntou um e-reader às funcionalidades dos celulares -tudo isso com uma pitada de tablet. Do lado esquerdo da máquina, fica uma tela E Ink de seis polegadas. No direito, um quadrinho LCD de 3,2 polegadas, sensível ao toque. Elementar: em uma aba, lemos o livro na confortável tela E Ink, na outra navegamos na internet e fazemos ligações.
O aparelho ainda não chegou ao mercado (está à procura de distribuidores), mas pode custar por volta de US$ 290 nos EUA, segundo os expositores. Registre-se seu ponto negativo: não possui conexão 3G.

Colega de aula
"Computador educacional" não é lá um nome empolgante para uma máquina como o Intel Classmate, cuja última versão foi revelada na Cebit. O novo modelo engata quase nove horas de ação sem recarregar a bateria. Nada mau para quem, em tese, planeja usá-lo para fins escolares.
A tela sensível ao toque de 10,1 polegadas do Classmate gira a ponto de transmutar o que seria um notebook em tablet, escondendo o teclado do lado de dentro. A manobra é uma boa pedida para um portátil que roda e-books (formatos ePub e PDF). Há ainda uma caneta para que os pequenos usuários testem a caligrafia (que é transformada em "letra digitada" por meio de um software pré-instalado).
O disco rígido é de 160 Gbytes. As opções de conectividade vão do Wi-Fi ao Wimax (visto como sucessor da rede 3G). A melhor parte é que, embora esteja mais ousado, o aparelho ainda continua com cara de lancheira (tem até uma alcinha para carregá-lo).

Conceitual
A empresa que fecha a trinca de transformers da Cebit é a taiwanesa Asus, conhecida por seus Eee PCs. A linha Waveface é conceitual -ou seja, sem qualquer compromisso de chegar ao mercado-, mas deixou visitantes da Cebit intrigados.
Uma das plataformas desse projeto, o Light, radicaliza a ideia de tablet, com um display dobrável. O Waveface Light trabalharia à base de um sistema que absorve as informações que seu usuário precisa conforme ele se locomove. Veja uma demonstração em folha.com.br/100651.


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