São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002

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AIDS

Portadores do vírus fazem amigos e trocam experiências em salas de bate-papo on-line; páginas ajudam a tirar dúvidas

Soropositivos têm comunidade na rede

CADU LEITE
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Minha mãe está com febre e ela tem o vírus. Será que alguém poderia me ajudar?" Essa pergunta pode parecer estranha para muitos em salas de bate-papo da internet, mas, em salas para soropositivos, pedidos como esse são comuns. Afinal, por mais que a Aids venha se tornando uma doença crônica, segue estigmatizada pela sociedade.
Para buscar formas de combater esse preconceito e discutir a doença, começou no domingo, em Barcelona, a 14ª Conferência Internacional sobre Aids (www.aids2002.com). Mas, enquanto isso, na internet, a discussão não pára. A comunidade de soropositivos é cada vez mais atuante e bastante solidária.
J.M., por exemplo, procurou informações sobre um remédio para linfoma, que dificilmente é encontrado no mercado. "Uma pessoa que estava no bate-papo tinha o medicamento. Como não precisava mais dele, me deu."
Já A.T. descobriu ser portador do vírus neste ano. "Me senti completamente perdido, e o início do tratamento me deixava amedrontado." Ele resolveu procurar ajuda nos chats. "Fui bem aconselhado. Hoje, mantenho contato com vários desses novos amigos. Falamos sobre assuntos relacionados ou não ao vírus."
O bate-papo do UOL (www.uol.com.br/batepapo) é o mais popular entre os brasileiros. São quatro salas disponíveis. Outra opção é www.aids.gov.br, que também traz informações sobre o assunto e oferece uma lista com links de sites do mundo inteiro.
Em www.vivacazuza.org.br, há um espaço para perguntas de internautas. Já www.giv.org.br traz depoimentos de soropositivos. Além disso, o Grupo de Incentivo à Vida, responsável pela página, oferece cursos de computação.



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