São Paulo, quarta, 11 de março de 1998

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Programa resgata encontro de pessoas

da Reportagem Local

Para os jovens, o "ICQ" é um chat mais incrementado do que as salas de bate-papo convencionais. Os adultos usam o programa para localizar amigos e até para encontrar os maníacos por algum tipo de jogo.
Camila Siqueira, 16, ganhou seu número para o "ICQ" depois de insistir muito com a mãe, Cristina Siqueira, professora de inglês, usuária do localizador há quase dois anos.
A adolescente tem uma lista de fazer inveja. Já reuniu 200 pessoas e conversa com até 15 pessoas ao mesmo tempo. Nesse caso, o programa deixa de abrir janelas, que mais parecem lousinhas, e vira uma grande sala de conversa.
Do total de seus interlocutores, já conseguiu a proeza de encontrar pessoalmente pelo menos três pessoas. "Todos eram garotos", diz.

Troca de arquivos
Um de seus interlocutores virtuais é Roberto Wolf, 17. Usuário do "ICQ" há seis meses, também já agrupou em sua lista 200 pessoas. Gosta de bater papo e trocar arquivos com seus ciberamigos.
Camila Siqueira já papeou com gente de Jaú (312 quilômetros a noroeste de São Paulo).
Uma dessas pessoas é Fernanda Castro Jobim Vilalva. Tem 14 anos e entrou para a turma do "ICQ" por salas de bate-papo. Sua lista de contatos ultrapassa os 200. A ciberjovem já conseguiu encontrar três pessoas em sua cidade.
Por conta das horas que ficam conectados, batendo papo pelo "ICQ", a conta de Vilalva passou de R$ 40 e chegou aos R$ 240.
Klaus Koster, 38, descobriu o "ICQ" há mais tempo. Por esse programa, já encontrou seus rivais para jogar "Quake". Hoje, trabalha como supervisor de informática em uma agência de publicidade e mantém seu computador ligado na Internet 24 horas.
Costuma não atender o telefone. Quem tiver seu número no "ICQ" pode passar uma mensagem, que ele responde prontamente. "O "ICQ' resgatou a velha forma de encontrar gente na Internet", diz.
Como o consultor de computação gráfica Carlos Freitas, 41, não conseguia falar com Koster, e apelou para o "ICQ". É novo usuário, tem o programa há apenas 15 dias, mas acredita que é uma "boa solução para encontrar as pessoas".



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