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São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2003

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SOFTWARE

Leia teste do novo pacote, cujos destaques são o Outlook e o Publisher; relevância de atualização dependerá do preço

Office fica melhor com e-mails e publicações

BRUNO GARATTONI
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Segundo pesquisa feita em 2002 pela Fundação Getúlio Vargas, o Microsoft Office é o pacote de programas para escritório mais usado nas empresas brasileiras, com 94% do mercado. Embora seja caríssimo -para empresas, custa até R$ 2.300-, o Office também é difundido entre usuários domésticos: Word (editor de texto), Excel (planilha eletrônica) e PowerPoint (editor de apresentações) são nomes conhecidos.
A reportagem testou com exclusividade uma versão de desenvolvimento (Beta 2) do Office 2003, que deverá chegar ao mercado nos próximos meses e traz algumas inovações importantes.
O software de e-mail Outlook é o programa que sofreu mais alterações aparentes no Office 2003: ao lado do gerador de publicações Publisher, ele é o principal atrativo que justificaria a troca do Office XP pela nova versão.
A interface gráfica foi redesenhada para facilitar a leitura de e-mails -agora, ela é dividida em três faixas verticais, o que reduz o desperdício de espaço e proporciona uma observação agradável.
O maior avanço tecnológico do novo Outlook são as pastas lógicas, que permitem sobrepor critérios de organização de mensagens. Por exemplo: suponha que você tenha uma pasta em que guarda e-mails com fotos e outra reunindo mensagens do seu chefe. Mas, se o seu chefe enviar uma foto, o que fazer? Com as pastas lógicas (Search Folders), é possível agrupar as mensagens seguindo vários critérios ao mesmo tempo sem precisar copiá-las para mais de uma pasta ou dispor e-mails manualmente -o Outlook se encarrega de exibir uma determinada mensagem em todas as pastas lógicas cujos critérios ela atender (no exemplo, conter uma foto e ter vindo do seu chefe).
O programa também traz um filtro de spam -e-mails indesejados-, mas ele não funciona com mensagens em português (a Microsoft promete uma atualização até o final do ano).
Junto com o Outlook, o novo Publisher concentra os recursos mais atraentes do Office 2003. Muito fácil de usar, o programa traz modelos prontos que ajudam o usuário a criar publicações impressas, sites e uma novidade: boletins que podem ser enviados por e-mail (formato HTML).
A variedade de opções é notável, mas, se o usuário quiser, poderá modificar facilmente os elementos gráficos dos modelos. Além disso, há uma função que converte automaticamente um site em publicação impressa, algo bastante útil (podem-se centrar esforços na criação da página on-line e depois transformá-la em papel).
O Office 2003 também traz um programa novo, que se chama OneNote e serve para fazer anotações no PC. O software tem alguma serventia, pois agiliza a tomada de notas (o usuário não precisa salvar seus arquivos antes de fechá-los, por exemplo), mas é destinado principalmente aos Tablet PCs, micros portáteis que usam canetas digitais. Num computador comum (sem caneta), o OneNote não chega a superar os programas de anotações já disponíveis no mercado.
De um modo geral, o Office 2003 traz melhorias desejáveis, sobretudo no Outlook e no Publisher e na introdução do recurso IRM (leia texto ao lado), mas a relevância da atualização para quem já tem o Office XP dependerá do preço cobrado, que ainda não foi definido pela Microsoft.


O jornalista viajou a Nova York a convite da Microsoft Corporation


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